quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

o que passou

O que passou. Bom, o que passou, passou mas vou escrever aqui para eu não me esquecer das coisas que aprendi.
É, foi isso aqui...

Um: quanto mais você ignora uma pessoa só por estar brava, ainda que nem seja brava com ela, mais ela aprende que não pode depender de você para estar bem e mais você se torna indiferente pra ela.
Faz muito sentido, não?!

Dois: não, as pessoas não são boazinhas. O que faz com que elas pareçam boazinhas são as pessoas não tão boazinhas que as cercam.
Isso significa: eu não preciso "fazer papel" de boazinha com você fazendo papel de você mesma.
Entendeu? Bom, faz sentido.

Três: desencanei de depender dos outros para que eles arrumem as coisas que me incomodam. Ainda que eu ache que "ah, eu não tenho que arrumar isso porque quem tem que arrumar é quem bagunçou", se eu quero arrumado porque eu mereço e ver bagunçado me irrita, eu arrumo. E não me importo com o que os outros vão pensar, a minha felicidade e o meu bem-estar dependem só de mim.
(Faça uma nota mental disso.)

Quatro: eu quero ouvir regina Spektor!

Cinco: o melhor! Estive pensando nas dores do amor.
Talvez o amor não tenha tantas dores quanto dizem ou pensam e que o problema não é se apaixonar e sim encontrar uma pessoa que se apaixone por você com a mesma intensidade e sinceridade com a qual você se apaixona por ela.
Acho que deveria trocar "dores" por algo como "ensinamentos" - é, eu queria um sinônimo, mas não consigo lembrar de nenhum agora -; afinal, se apaixonar é bom e mesmo que seja unilateral e você "quebre a cara" depois, você sempre aprende algo (se você quiser, obviamente. Se você não quer enxergar, ninguém pode te fazer enxergar).

Seis:
conclusão do cinco: eu sou uma pessoa de - muita - sorte.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

outras palavras

Esses dias eu estava lendo "As Mentiras Que Os Homens Contam" do Luis Fernando Veríssimo e achei uma crônica muito legal; chama-se "A Aliança". Gostei tanto, mas tanto, que colocarei a crônica aqui.

"Esta é uma história exemplar, só não está muito claro qual é o exemplo. De qualquer jeito, mantenha-a longe das crianças. Também não tem nada a ver com a crise brasileira, o apartheid, a situação na América Central ou no Oriente Médio ou a grande aventura do homem sobre a Terra. Situa-se no terreno mais baixo das pequenas aflições da classe média. Enfim. Aconteceu com um amigo meu. Fictício, claro.

Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências... Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar. Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.
— Você não sabe o que me aconteceu!
— O quê?
— Uma coisa incrível.
— O quê?
— Contando ninguém acredita.
— Conta!
— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?
— Não.
— Olhe.
E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.
— O que aconteceu?
E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.
— Que coisa - diria a mulher, calmamente.
— Não é difícil de acreditar?
— Não. É perfeitamente possível.
— Pois é. Eu...
— SEU CRETINO!
— Meu bem...
— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria.
— Mas, meu bem...
— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!
E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada.

E, finalmente:
— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:
— Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.
Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam.
— O mais importante é que você não mentiu pra mim.

E foi tratar do jantar."
Bom, é isso.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

e começa tudo de novo

Hoje eu não acordei. Continuei dormindo mas fingindo que estava acordada.

Considerando que eu estou muito, muito mal acustumada, fui deitar às 2 horas da matina, mas rolei na cama até as 4, quando o meu celular resolveu endoidar e disparou o alarme que eu tinha colocado para tocar às 6 horas. Depois disso eu consegui dormir. Ou melhor, cochilei.
Mas apesar de todo o sono e a preguiça, a manhã estava agradável. Fazia muito tempo que eu não olhava o céu antes do meio-dia.
Peguei o ônibus lotado e fui "tipo sardinha" pra escola, porque hoje começaram as aulas no cursinho. E eu até que fiquei feliz, já que nunca imaginei que estudaria de novo com a Natacha (uma vaca-amiga que mora no meu coração). Conheci algumas pessoas, revi alguns conhecidos também, nada de mais. As aulas? Suaves.
Depois voltei e o sono se juntou com aquele calor terrivel e fui dormir, ainda que incomodada pela alta temperatura. Acordei tarde, almojantei, liguei pro meu garoto.
Depois andei 20 minutos até o lugar onde a gente (não) tinha combinado de se ver e só depois de um tempo solitário eu percebi que estava no lugar errado.
Voltei metade do caminho e encontrei o ponto alto do meu dia - literalmente.

A verdade é que ali na praça onde a gente combina de se ver, tem uma banca que tá sempre fechada quando a gente chega. Aí sentamos lá e ficamos conversando, confessando, sussurrando pensamentos.
E a frase que fez o dia foi: "a gente chega aqui, não faz nada e é a melhor parte do dia".
Você é a melhor parte do meu dia.

Bom, deixando um pouco de lado o que fiz, eu encontro o que pensei.
Entre a dúvida de que cursos prestar (e quais deles eu quero realmente cursar) e onde prestar, me achei pensando - de novo e mais uma vez - em trabalhar.
De repente surgiu a idéia (porque primeiro surge a idéia, depois vem a oportunidade) de ir trabalhar em outra cidade. De ir morar em outra cidade. De largar tudo - ou quase tudo - pra trás e ver como me saio. Talvez eu faça isso.
Talvez.

Também estive me perguntando porque é tão mais fácil - para mim, pelo menos - escrever um texto meio triste do que um todo felizinho. Engraçado como me peguei escavando sensações e palavras sujas para descrever alguém que nem sequer existe. Não é a primeira vez que isso acontece mas porque é sempre triste? Será que é tão difícil ser feliz? Sempre me pareceu tão fácil... [risos]

E também não cumpri minha promessa de não baixar mais nada enquanto não terminasse de arrumar tudo no meu hd.



E pela falta de criatividade e excesso de sono, terminarei com uma foto estranha e um pedaço de conversa.

bruneca diz:
saudadeeeeeeeeenorme.
- | Diê. | - diz:
saudadeENORMEEEEEEEEEEEEE
bruneca diz:
hey, quer naMORAR comigo?
- | Diê. | - diz:
vai precisar de CASAmento?
bruneca diz:
não, pode ser APERTA-MEnto.
[ e o resto a gente inventa ]
- | Diê. | - diz:
com você eu moro até numa árvore!

[Ah, essas pessoas apaixonadas...]

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

namoro ou propriedade?

E a pergunta que não quer calar é: você tem um namorado ou tem um dono?

Começo a perceber que encontrar pessoas que confundem namoro com propriedade é mais comum do que eu imaginava.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

você

Tá no heart.
Só no heart?
Não.









De repente apareceu pros olhos, tomou o pensamento, roubou um beijo.
Foi chegando de mansinho, sem pedir nem ser impedido.
Me ganhou na conversa, me ganhou com um olhar, ganhou um beijo e foi com um sorriso que eu disse "bem vindo".
Conquistou as mãos, os braços, os abraços, me pegou pela cintura e não me deixou mais ir embora. Roubou todos os segundos, pensamentos livres e sorrisos (aparentemente) sem razão pra você e dominou minha lista de vontades. Chegou no coração, caiu na circulação, se espalhou pelo corpo todo e desde então me mantêm feliz e não mais apenas viva.
Foi depois de se tornar real que você apareceu nos meus sonhos.
Você foi se tornando importante, imprescindível, insubstituível, insuportavelmente necessário.
Se misturou no que eu sempre fui e se tornou parte de mim.
Uma parte que eu não tinha.
E que hoje não vivo sem.

Você me pegou de jeito.
Me ganhou.
Nós ganhamos.



[Eu, conquistadora barata.]

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

perfeição

De repente me lembrei dele me falando sobre "momentos cirurgicos de perfeição" e reparei no outro que falava que aquilo (perfeição) o assustava.

Estive pensando em como tudo é perfeito; em como tudo se encaixa, se completa, se explica e que, no final das contas, tudo se transforma numa obra de arte - sim, viver é uma arte - daquelas que as palavras não são suficientes para descrever. No final, tudo faz sentido, tudo faz parte.

Para começar direito, é preciso aceitar que as coisas são perfeitas sendo exatamente do jeito que são e não jeito que queremos que seja.
É perda de tempo ter medo de algo que nos cerca e não nos faz mal nenhum; muito pelo contrário. Eu diria que perfeição é uma brecha na realidade, por alguns (ou muitos) segundos onde parece que o tempo passa mais devagar e é possível se ver o sentido de tudo com uma clareza inacreditável, como um momento de sobriedade numa vida embriagada de coisas sem importância. Perfeição é a nossa chance de transformar segundos em eternidades.
Também acho que dizer que uma pessoa é perfeita não é dizer que ela é exatamente como aquela com a qual você sonhou a vida toda. É fato que alguém em algum lugar vai encontrar a pessoa dos sonhos, mas na maioria absoluta dos casos, as pessoas tem defeitos. Mas a questão é que é se uma pessoa faz o tempo parar (ou ao menos nos faz querer que o tempo pare) num olhar, num abraço, numa tarde light, ela é perfeita porque só pessoas perfeitas em momentos perfeitos nos fazem sentir assim.
Perfeição é algo que faz parte dos nossos dias, das nossas vidas, e dizer que se procura os "momentos cirurgicos de perfeição" é dizer que só o que é exatamente do jeito que imaginamos ou queremos é perfeito e desprezar todo o resto. É achar que se tem o direito de escolher e julgar algo que não depende de nós.
Talvez o mais difícil de algo perfeito seja perceber que ele é perfeito.
Se eu tivesse que dizer que tenho medo de algo, não seria da perfeição em si e sim de não ser capaz de enxergar quando ela passa por mim.

[Post do tipo "seja o que Deus quiser".]

domingo, 18 de fevereiro de 2007

carnaval

Feriado para o qual eu nunca dei muita importância. Deveria dizer "principalmente agora, que ainda estou de férias" e a conclusão final seria que nada mudou de quinta para sexta. Mas eu estaria mentindo.

Esse carnaval foi diferentemente especial. Por tudo o que fiz, nas coisas que pensei, nas que descobri e pela promessa que quebrei - coisa da qual eu não deveria sentir muito orgulho, confesso. Mas pude perceber que o primeiro pão de mel trufado coberto com chocolate depois de mais de 40 dias sem doce tem um gosto muito melhor do que o do primeiro pão de mel que se come na vida (será que deu pra entender isso?).
Bom, feriado ultra especial então - ganhei uma marreta do tipo Chapolim, um corneta divertida por ser bem barulhenta e um jogo daqueles do tipo "tira palito". Adorei.

Uma coisa que passou pela minha cabeça e que eu achei até interessante foi o que pensei quando passei na frente do espelho e me peguei dando uma "olhadinha" em mim.
Achei interessante como o espelho parece uma janela.
Até aquele espelho, uma parede me acompanhava de maneira tediosa e eu ia andando pelo corredor pensando em nada. Mas quando passei na frente do tal espelho, voltei uns passos e parei ali. Engraçado como parece que aquele pedaço de vidro é um "tempo" que você tem longe do mundo. É um tempo pra você olhar para você e ver como você está. Ninguém precisa perguntar nem nada, você só olha para você e faz uma auto-análise.
A parede continua, o mundo continua e ainda que na maior correria, você sempre tem um tempo para parar e ver como tempo tem agido sobre você, o que você tem hoje que você não tinha ontem ou mesmo o que você não tem hoje que tinha ontem.
Talvez o espelo reflita exatamente a maneira como os outros veêm você mas talvez você veja que é muito mais do que se é possível ver; talvez você descubra que as aparências enganam ou que você tem levado muito à sério o que você refletido. Talvez perceba tem desprezado o seu corpo para conseguir cumprir todos os seus deveres e tenha se esquecido que cuidar de si tmabém é um dever. Reparei em mim e depois reparei que é possível se pensar e descobrir um monte de coisas através de um espelho.
Em todo caso, o que vi foram algumas espinhas, uma cicatriz minúscula no nariz, um rosto fora de sintonia com uma mente. Vi também um abraço, um coração que batia mais forte e um sorriso secreto, que eu uso só pra ele.
Depois recolhi meus pensamentos, coloquei-os numa mala e guardei em algum lugar de fácil acesso.

A parede continuava, o mundo continuava e eu também continuava andando. Mas diferente do que eu era alguns segundos antes. Sempre diferente.

[Quando juntarmos você comigo, cordão umbilical e umbigo, a gente vai ser só um. E até lá, não vou caminhar mais sozinho, o distante será meu vizinho e o tempo será a hora que eu quiser.]

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

opções

Jornalismo?
Relações Públicas?
Jornalismo?
Relações Públicas?
Jornaliiiismo?
Relações Púúúblicas??

Será que "uni-duni-tê" é a melhor saída?
Talvez um sorteio seja melhor.
Perguntar para todos os conhecidos?
Tirar no palitinho?
Cara ou coroa?
Nunca fui uma pessoa muito decidida não.
E agora, quem poderá me ajudar?

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

enfim

De onde vem tanta vontade de ser "do contra"?
Ou será apenas vontade de ser mais eu mesma?

A conclusão de tudo foi tudo aquilo que eu já sabia, sempre soube e cansei de repetir pra todo mundo.
Não há nada mais importante do que um pouco de paz entre você e a pessoa mais importante da sua vida. Nada mesmo - o piercing pode esperar; porque ainda não desisti dele e gostei mesmo de como ficou.
É preciso tomar cuidado para que pequenas coisas, ou coisas de pequeno valor, ou momentos do tipo num-piscar-de-olhos não levem embora tudo aquilo que você leva anos para construir.
Não há nada mais importante do que a pessoa mais importante da sua vida - hein?!
E ainda preciso crescer muito. Muito mesmo.

[Só para lembrar: tinha um médico que dizia que o primeiro filho faz tudo o que os pais querem; o segundo filho faz tudo o que os pais não querem; o terceiro filho, tanto faz o que os pais querem ou deixam de querer, ele faz o que ele quiser.]

Passado e futuro.
E eu, que caso de qualquer jeito.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

além do que se vê

Sabe o que eu fiz ontem? Coloquei um piercing.
E antes que qualquer um diga "ui!" aviso que doeu mais na alma do que na carne - não o piercing, o que veio depois dele.

Considerando que a pele é o maior orgão do corpo humano, um furo de menos de 1mm² não faz tanta diferença. Ou faz, se você pensar que já fazem anos que quero colocar um piercing; sim, dormi e dormirei mais feliz por conta disso.
Mas o quanto um piercing, um simples piercing, de alguém que não rouba, não mata e não usa drogas pode levar abaixo tudo o que realmente importa?

Porque de repente tudo o que eu fiz a vida toda, o modo como sempre agi, o caráter que adquiri, como sempre pensei e tentei fazer as pessoas pensarem, o fato de sempre tentar mudar - para melhor - as atitudes e pensamentos das pessoas que me rodeavam não conta mais? Até onde o que se vê é mais importante do que o que se é? E porque ignorar a pessoa que sou só porque tenho vontade própria?
Em certo momento da minha vida, aquele que me criava pra ele, e não para o mundo, foi embora e deixou que outra pessoa (magnífica, diga-se de passagem) fizesse de mim a pessoa que sou.

O que sempre tive em mente para me relacionar com as pessoas foi "faça o que você quiser; e mesmo que eu discorde de você, estarei aqui para o que você precisar". Na minha cabeça, é assim que as coisas funcionam: é preciso deixar as pessoas andarem segundo sua própria vontade e capacidade e estar sempre por perto - ainda que distante - para ampará-las caso elas precisem. É preciso deixá-las crescer.

Não importa o quanto você desvie o olhar de mim, o quanto você discorde de mim, o quanto me ignore e desista de olhar para mim e ver o que me tornei - que vai muito além do que o piercing que você vê.

Se a pergunta é "onde eu errei?", admita que voce não errou em momento algum. Que o seu único "erro" foi ter me criado para o mundo, para ser o melhor que eu pudesse ser, para ser independente e persistente, não importa o quanto isso me custe.
O que penso é que sua maior dificuldade será admitir que isso não foi um erro; muito pelo contrário.
A sua maior dificuldade será admitir que apesar do que você vê, continuo sendo o melhor que você fez e lhe agradeço eternamente por isso - pelo que sou e pelo que sei. Sem você, eu não seria ninguém.
Apesar de você discordar de mim.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

"ocupações"

Lendo: O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de Saramago (arregaça!).
Vendo: Mulholland Drive (Cidade Dos Sonhos, para os menos íntimos).
Ouvindo: Dave Matthews Band (grande dificuldade na hora de escrever "matthews").

Foto: Caso o Greenpeace pergunte, você não me conhece (adoro esse chapéu).

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

lapso

Manhã dormindo, tarde lendo, noite ouvindo música e eu enfeitando.
Me lembrei de um certo alguém. Digo, achei um certo alguém em algum lugar bem isolado na minha memória; num canto que pensei estar vazio. E um dia eu julguei que "pra sempre" fosse só até daqui a pouco.
Vai entender...

[Here and there and everywhere. Let's get lost, let these frozen hearts defrost. Wherever the cost, let's get lost.]

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

parte que não tinha

No que estive pensando esses dias? Bom, deixe me pensar (comunidade: pensar enlouquece. Pense nisso).
Ontem fui no show do Teatro Mágico. Foi inacreditavelmente bom e eu queria muito colocar fotos do show aqui, agora, mas a bateria da máquina fotográfica acabou e estou esperando as fotos serem publicadas no blog do Teatro Mágico (link à direita: Só Para Raros) e escolher alguma (ou algumas) para colocar aqui.

Sem sombra de dúvida, o show foi bom. Mas melhor do que o show, foi a companhia. Acho até que prestei mais atenção em um certo garoto do que no show. E, ainda por cima, encontrei uma certa pessoa loira, menina interessante e importante na minha vida - ainda que ausente -, chamada Kéroly.

O tempo é algo incerto, muito relativo, indefinido.
E esse mês que passou é pouco coisa perto do que você se tornou pra mim.

Frases (sussurradas nos ouvidos e carimbadas na memória):

"Separô diante de mim quando minha tristeza era parte do dia [até quem nunca nos viu sabe]."

"Capitão capture essa menina!"

"Meu computador apagou minha memória, meus textos da madrugada, tudo o que eu já salvei e o tanto que eu vou salvar das conversas sem pressa, das mais bonitas mentiras. [tche tche tche]"

"Que o teu afeto me afetou é fato [caso contrário, eu não estaria aqui escrevendo um post meio - ou totalmente - meloso só pra dizer que te gosto de montão. É, mais ou menos daqui até ali, onde o céu não termina]."
Ainda que não saiba quem é você ou para onde vamos. Temos todo o tempo do mundo para nos descobrir e inventar o resto.

[The space between you heart and mine, is the space we'll fill with the time.]

domingo, 4 de fevereiro de 2007

outras palavras

Palavras de Shakespeare.
Deveriam ser escutadas - ou lidas -, porque são verdadeiras e fazem a diferença.
Vale a pena ler.

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. Aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. Você começa aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas; começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não a tristeza de uma criança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume de cair meio em vão.
Depois de algum tempo, você aprende que o sol queima se você ficar a ele exposto por muito tempo. Aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam. Aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo (a) de vez em quando e você vai precisar perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias e o que importa não é o que você tem na vida mas quem você tem na vida; aprende que bons amigos são a família que nos permitiram escolher e que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa ou nada e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa e que, por isso, devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas - pode ser a última vez que as vejamos. Você aprende que as circunstâncias e os ambientes têm muita influência sobre nós mas que nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve se comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser. Descobre que leva muito tempo para se chegar aonde está indo, mas que se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão e que não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas pessoas que o ajudam a levantar-se. Aprende que a maturidade tem mais a ver com tipos de experiências que se teve e o que se aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais de seus pais em você do que você supunha; que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens - poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando se está com raiva, se tem o direito de estar com raiva, mas que isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama mais do jeito que você quer não significa que esse alguém não o ame com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, e que algumas vezes, você tem que aprender a perdoar a si mesmo. E que, com a mesma severidade com que julga, será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não vai parar para que você junte seus cacos. Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar para trás portanto plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores; você aprende que pode suportar, que é forte e que pode ir mais longe depois de pensar que não pode mais. E que, realmente, a vida tem valor diante da vida."

sábado, 3 de fevereiro de 2007

tudonumacoisasó

Ele é alto. Eu sou preguiçosa - pequena, por consequência; a culpa é da preguiça e não da genética.
(Peraí! Pensando agora no fato de ter entrado em uma comunidade que chama "não sou pequena, sou compacta", me pergunto:)
Será que sou pequena ou será que sou compacta?
Acho que compacta pra caber na foto e pequena pra caber no seu bolso.
(E já faz um mês que ele me leva com ele.)

Hoje: Figueiras com as amigas.
Amanhã: Teatro Mágico.

[E isso não é um show. É uma desculpa esfarrapada para estarmos juntos.]

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

outras palavras

Nesses dias pensei em muitas coisas que, por falta de tempo e/ou preguiça, não escreverei aqui; não agora. Hoje colocarei um dos meus poemas preferidos, Via Láctea XIII (e espero que não tenho que explicá-lo para ninguém!).

"'Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!' E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouví-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: 'Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?'

E eu vos direi: 'Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e entender estrelas.'"
Olavo Bilac

Bonito.
Amo.

Ps: Deixo registrado aqui que me proíbo, desde já, a baixar qualquer discografia/música até que termine de arrumar tudo o que tenho no meu hd.
(Eu fazendo "pressão psicológica" pra eu mesma. Será que isso funciona?)