rua marechal deodoro
Estava andando na Marechal (Deodoro).
Engraçado como todas as vezes em que ando na Marechal me lembro daquela comunidade do orkut, "eu odeio andar na Marechal".
Naquele calor infernal, no meio daquela multidão, eu tentava chegar à biblioteca quando uma dessas pessoas legais, do tipo que custuma andar na Marechal, decidiu subitamente parar. Aí eu dei aquele esbarrão na pessoa, quase cai no chão, quase a derrubei no chão com tudo o que ela carregava, pedi desculpas - como se a culpa fosse minha; tudo bem, tudo bem, a gente releva - e fui embora.
Mais adiante, entra na minha frente uma daquelas pessoas que só querem te atrapalhar. Bom, na realidade elas não querem só te atrapalhar, mas parece; parece e muito.
Esses dois acontecimentos me fizeram pensar em duas coisas:
- Seria indescritivelmente mais fácil transitar na calçada da Marechal se as pessoas tivessem setas e luz de freio (ainda que eu não saiba muito bem onde se poderia encaixar setas e luz de freio em uma pessoa... Também é para esse tipo de coisa que serve a imaginação).
- Quando aquela segunda pessoa entrou na minha frente e decidiu andar à passos de tartaruga bêbada reumática, eu pensei "não quer andar, então sai da frente". Isso me sugeriu uma metáfora interessante.
Quantas vezes não apareceu na sua vida aquelas pessoas que não progridem e não querem que você progrida também?
Algumas vezes percebemos essa pessoas, outras não. A questão é que temos que estar atentos às pessoas que nos cercam porque - ao menos eu acredito que - as pessoas emitem algum tipo de energia, seja ela boa ou ruim e essa eneriga interfere na nossa vida. Deixar que pessoas que não nos querem bem fique perto de nós faz que com as coisas na nossa vida não funcionem.
Então pensei nisso.
Não quer andar, então sai da frente.
Não deixe que ninguém atravanque seu progresso - obviamente, respeitando os limites da moral e da razão.
E foi isso. A Marechal pode ser o portal do inferno, mas ainda assim podemos tirar alguma coisa útil de lá.