gandaia das ondas/pedra e areia
Confesso que eu, como rainha da indecisão, não sei escolher pra onde vou, que caminhos tomar, se devo voltar atrás e dar (mais) uma olhadinha nas opções, pensar um pouco melhor, talvez tirar no palitinho ou perguntar para as pessoas ao meu redor o que elas acham que eu deveria fazer e ir juntando as opiniões iguais em caixas iguais e depois ver qual pesa mais, pra só então fazer alguma coisa.
Ou seja, escolher um caminho pode não ser tão fácil, mas a idéia de poder escolher é tranquilizadora ainda que meu poder de tomar decisões seja... Que poder de tomar decisões?
Quando eu fechei os olhos, todos os caminhos pareciam iguais e eu não precisava escolher pra onde ia. Mas isso não era bom, era desesperador porque eu teria que ficar ali pra sempre.
Foi aí que ele me puxou.
E digam o que quiserem, pensem o que quiserem - inclusive porque eu acho que muito disso é verdade -, eu fiquei feliz em saber que, ainda que eu não esteja olhando, ele cuida de mim.
Porque quando eu não sei o que fazer e todos os caminhos parecem iguais, ele me mostra a direção certa: é aquela que me leva pra perto dele.
E só o fato de eu poder abraçá-lo e me segurar nele me mostra tudo aquilo que eu não preciso nem estar de olhos abertos pra ver.