sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

se apegar ou só pegar?

Como o tédio é muito grande, eu fico vagando por aí. Sem rumo mesmo, cercada de pensamentos pesados e pouco animadores. Foi bem nessa hora que eu me lembrei.

Porque teria terminado? Quando olhei, o que vi foram duas pessoas que se gostavam, felizes. E, de repente, já não havia mais "eles". Havia ele e havia ela, cada um no seu canto.
Me lembrei daqueles dias em que eu não fui "eu", eu era "nós". Me lembrei das promessas, dos abraços, das conversas, das brigas, das declarações, supresas, das vezes em que tudo me fez rir e das vezes em que me fez chorar tanto que quase desidratei.
Eu não mudei. Foi ele que nunca me acompanhou; acho até que nunca fez questão. E do dia pra noite, não havia mais nada. Tudo se resumia a pó.
Não havia fotos - sim, nunca tiramos fotos -, não sobrou nada que eu pudesse ver e sentir e tudo o que era escrito, sumiu com um simples "delete". Deletei. Deletado.
Nada que se possa explicar, nada que se possa entender.
Sim, "nós" nunca fomos um só, mas eles... Olhando-os de longe, não havia motivo pra tudo aquilo ter se dividido de novo. Ficavam bem juntos. Não entendia.
Será que sofreram? Ou será que sofriam, ainda? Pensavam um no outro? Sentiam saudades daquele tempo, das promessas e dos abraços?
Bom, eu penso neles. Talvez lamente, talvez não. Mas não entendo.
Definitivamente, é preciso ter fôlego pra gostar de alguém. Quando sentimento puro, é preciso ter fôlego para começar algo e mais fôlego ainda para terminar. É preciso ser forte para se manter quando metade de você não existe mais.
Amar
alguém, não é fácil; não é para qualquer um.

Em todo caso, respire fundo. Sobreviva. Esqueça. Recomeçe. Não brinque com o sentimento alheio: estar com alguém pensando em pessoas do passado é o que eu chamaria de traição; não diga palavras doces para alguém preferindo que fosse outra pessoa que estivesse ouvindo, porque assim você permite que alguém crie sentimentos para vocês que nunca serão seus.