quinta-feira, 12 de julho de 2007

12 de agosto de 2007

Falta um mês.
Mas já que não vai fazer diferença, nem hoje, nem amanhã, nem daqui um mês, nem daqui um ano nem nada, quem se importa?

Ás vezes surgia nele aquele sentimento de "vou morrer em 5 minutos". Era quando ele pensava como gente, pensava no que tem que pensar: na vida, nas pessoas da sua vida, nos amores, no amor, em como viveu, como as pessoas se lembrariam dele; quem pararia tudo para ir até seu enterro se despedir dele e se ele agiu decentemente a tal ponto de merecer ser lembrado.
Só naqueles 5 minutos ele era um ser humano.
No resto do tempo era apenas mais um desocupado pessimista com mania de perseguição, que não tinha o que fazer e que desejava tanto mal para as pessoas que fariam sua vida valer a pena que seu próprio veneno era a causa de sua morte.
Cada vez que ele se esquecia de viver, de agir mais do que pensar e de pensar apenas no que era importante, ele matava um pouco de si.
Era uma pessoa tão ruim que não precisava da ajuda de ninguém para isso.
Nada do que eu sentisse por ele, nem mesmo ódio, faria diferença na sua vida e na sentença para a qual ele caminha.



Nessa segunda que passou aquele passado fez 5 anos.

Porque não dói mais aceitar que tudo o que escrevi é verdade e que seus telefonemas não me fazem falta.