Milan Kundera, Alberto Caeiro e um terceiro
Das conversas promísucas na madrugada que eu devia estar dormindo.
- Você tirou uma das melhores fotos do seu álbum...
- Qual?
- A de rosinha... Ah, não, tá aqui ainda. Você bem que podia me mandar essa foto, neh!?
- Porque você acha que ela tá pequena?
- Pra deixar na vontade?
- Exatamente!
- Conseguiu...
- Sim, sim... Costuma funcionar. [ Convencida! ]
- Convencida... Eu tenho saudade daquele tempo que ficamos juntos...
- Vixi... Faz tempo, hein!?
- Sim, mas eu ainda lembro! Você se esqueceu?
- Nao esqueci. Desenterrei agora, pra ter certeza.
- Entendi... Faria de novo?
- Sei lá, tô numa fase muito estranha de ficar com todos, ao menos que eu conheça.
- Tá ficando com algum?
- Alguns. Mas só gente desconhecida.
- Quantos?
- Alguns.
- Ah, Bruna! Não gosto assim não...
- Mas aí!? Não tem que gostar.
Nesse exato momento, não tô aqui pra agradar ninguém; mas finjo muito bem, só pra ser agradada um pouquinho, conseguir o que eu quero, seja lá o que for.
E o que os outros pensam... Eu não fico tempo suficiente pra saber, ouvir e odiar (ou não). Pouco me importa.
O quê?
Não sei.
Pouco me importa.
E aquela insustentável leveza que tanto me agrada.
Agora faz parte.
Mas só parte; aprendi que ser incompleta é uma das melhores coisas do mundo.