- desenha-me um carneiro...
Já me falaram tanta coisa e tanto sobre o livro "O Pequeno Príncipe", que eu decidi alugá-lo.
Quando o peguei na biblioteca, a primeira coisa que pensei foi "nossa, como é pequeno!".
Como será que um livro tão pequeno pode causar tão grande impacto?
Essa dúvida foi embora logo na primeira página.
A Léon WerthPeço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho um desculpa séria: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo no mundo. Tenho uma outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os livros de criança. Tenho ainda uma terceira: essa pessoa grande mora na França, ela tem fome e tem frio. Ela precisa de consolo. Se todas essas desculpas não bastam, eu dedico então esse livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso). Corrijo, portanto, a dedicatória:A Léon Werth
Quando ele era pequeno.
Conquistada.
Fui lendo o livro com a maior calma do mundo para não perder nada.
Engraçado como, quando somos crianças, tudo é muito mais simples. É o que vamos aprendendo como sendo "importante" que nos faz esquecer de como é fácil ser feliz.
"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar."
Essas são só algumas frases, mas o livro inteiro é muito bom.
E me pergunto se é mesmo um livro para crianças.
Terminei o livro com a sensação de que ou sou muito criança ou o livro é para todos - inclusive para os que acham que é só para crianças.
"Eis aí um mistério bem grande. Para vocês, que também amam o princepezinho, como para mim, todo o universo muda de sentido se num lugar que não sabemos onde, um carneiro, que não conhecemos, comeu ou não uma rosa."

[Acho que o livro é para todos mesmo.]
O Pequeno Príncipe (ler pela internet)