Ficar quase duas e horas e meia no trânsito só pra fazer um caminho que em condições normais de trânsito e pressão leva, no máximo, meia hora, é um absurdo, praticamente inconcebível, estressante e me deixou com enxaqueca.
O excesso de gente mal educada - subentende-se "mal comida" - complica ainda mais. Algo como "tiiio, se você me deixar entrar na sua frente, você vai chegar em casa 30 segundos mais tarde. Se importa?".
Sim, todo mundo se importa, todo mundo tá de mal humor e provavelmente em abstinêcia de sexo, álcool, drogas, alguma música, sei lá.
O stress é tanto que te contagia. Fiquei sim de p*** da vida. Até chorei de raiva! Pois é, eu também acho que valia mais a pena chorar pelas criancinhas da África ou pelo meu peixe que morreu, mas eu chorei por causa do trânsito.
TPM + raiva + sono = Bruna chorando.
Tá, isso é um pouco humilhante ou embaraçoso, sei lá... Então, mudemos de assunto.
Lá, no meio daquele mega congestionamento, pensei em milhares de coisas. Vou tentar lembrar de algumas delas pra colocar aqui.
Quando eu tiver um filho, eu não vou falar pra ele de lobisomem, homem do saco, loira do banheiro, bicho papão, boi da cara preta, nada do gênero, só pra assustá-lo e fazê-lo entrar na linha. Serei sincera desde sempre: "filho, se aprontar, vai pro vestibular!"
Depois pensei meia dúzia de besteiras que não valem a pena serem citadas, caí na gargalhada e cheguei a conclusão que vale mais a pena ficar chateada pela morte da bezerra do que por homem. Afinal, homem é que nem biscoito, vai um, vem oito.
A nossa felicidade deve depender única e exclusivamente de nós. Não ter o que se espera, sendo qualquer coisa que independa da nossa vontade, não deve nos deixar mal. Temos que nos ter, acreditar em nós, ao invés de depositarmos nossas fichas nos outros.
Isso me fez em pensar nos meus sonhos.
Eu mudo de planos como mudo de calcinha. Nem tudo o que eu quero agora, eu vou querer daqui cinco minutos. E é por isso que eu penso mais um pouco antes de colocá-los em prática. Muitas vezes, não vale a pena. Mas tudo bem é divertido!
Enfim, temos que nos apegar aos nossos sonhos. Quem não sonha, não sai do lugar pelo simples fato de que não sabe pra onde ir. Temos que tê-los como guia, como nossa força motriz. E devemos saber que eles são nossos e só nossos. Podemos até colocar outros que acabam por surgir hora ou outra, na frente daqueles nossos mais antigos, mas jamais, em hipótese alguma, devemos abandonar aquilo que é nosso.
Também pensei que não, não sei o que eu quero fazer da minha vida. Será que esse é um problema muito grande? As coisas que eu quero se confundem com as que eu preciso e com aquelas que desde sempre eu me acostumei a ver como já sendo minhas, bastava apenas eu esticar os braços e dedos na hora certa, agarrá-las e levar comigo. Afinal, desde sempre elas são minhas.
Bom, espero que não seja um grande problema.
Enquanto eu pensava, chovia. Amanhã vou estar respirando melhor; por conta da chuva.
Ontem eu tomei um banho de chuva!
Resolvi vir pra casa à pé a pegar ônibus lotado e todo fechado, além de demorar mais pra chegar em casa do que se eu tivesse vindo à pé.
Mas no meio do caminho, tinha uma enxurada. Chuva de vento, chuva de pedra, e eu com o guarda-chuva de $10 da feirinha; àquele que eu tenho que segurar com uma das mãos pra não virar. Pois é, não foi um bom negócio, mas eu não achei outro.
A chuva praticamente me levou.
Mas ao invés disso, me lavou.
Por um segundo, não havia preocupações. Só a chuva gelada me fazendo congelar.
Os problemas ficaram tão pequenos que foram embora.
Incrível. Adoro a chuva. Até dançaria na chuva pra me sentir mais feliz, mas eu só buscava a paz de espírito que encontrei, e não um resfriado.
O que é do homem, o bicho não come.
Minha mãe sempre me diz. Quanto será que isso vale?
Verdade é uma coisa que pesa. As vezes a gente tenta evitar, mas verdade é verdade e ela estará lá por mais que a gente não queira ver.
A questão de sermos felizes por nós mesmos entra aí. Independente da verdade, temos que ter dentro de nós algo que nos faça felizes. Ainda que as vezes sejamos pessoas felizes num momento triste.
Porque não? Somos humanos antes de tudo.
Seria muito bom se soubessemos usar todos os conselhos que damos! A gente fala, fala, fala, termina falando que, "é claro, é muito mais fácil falar do que fazer", mas só entendemos mesmo quando é com a gente e a gente precisa que nos digam aquelas palavras que nós sabemos de cor e salteado.
Trânsito é uma merda! Temos que diminuir, sabe-se lá como, a quantidade de veículos nas ruas. Portanto, quando eu for sair de carro, eu aviso à todos; assim, a número de carros diminui, o stress diminui e eu não fico pensando abobrinhas sozinha.
Pois é, é assim que todo mundo pensa. "Diminuir a quantidade de veículos, mas eu não abro mão do meu!"
Eu até queria ir de ônibus. Poderia descer antes do Paço Municipal, fugir do trânsito e ir a pé. Chegaria em casa com um pouquinho de frio, mas nada que um banho quente não resolvesse.
De qualquer maneira, o fim de tarde foi assim.
Cheio de baboseiras, idiotas e businadas.
Quem sabe amanhã eu não tenha mais sorte?
O dia começa bem: aula de aéreo 8:30 da madrugada.
Bom, não tão bem assim...
Mas a gente sobrevive.
Sim, me recuso a reler todas as coisas que escrevi pra corrigir eventuais erros de português e tal. E se estiver um post horrendo... Agora você já leu, fazer o quê!?
A propósito, o fim de noite foi legal. Dinner for free no Vivano Grill.
Comi demais.