7ª aula
Minha revolta é silenciosa.
Assim, bem quieta.
E não, ela não aceita fazer acordos.
Como vinha perdendo a hora muito frequentemente, hoje eu decidi não ir pra escola de vez!
Mentira, não foi por causa disso...
Acordei 9:30 - horário legal para se acordar, aliás - comi qualquer coisa e comecei a estudar.
E, até o momento, só saí de casa pra ir comprar peito de peru pra comer no pão integral com queijo branco - eu diria "nham nham nham", se não fosse feio falar com a boca cheia. Sim esse foi meu almoço. You know, pra evitar a fadiga pós-almoço; senão o sono me leva pra longe e o estudo não rende. Faz sentido, certo?
Amanhã tem simulado da apostila 1 e vale ressaltar que vários professores ainda não ensinaram metade da matéria da apostila 1 e que, mesmo assim, a matéria vai estar lá no simulado.
Muito bacana isso.
Daqui a pouco vou fazer mingau ou comer maçã, ainda não decidi.
Queria mesmo era sair pra dar uma volta nessa dia lindo e não ficar sentada na cozinha lendo e lendo e lendo e tentando entender.
Tô com muita saudade de muitos amigos.
E essa foto aqui é aGata Christie.
Tô meio sem rumo.
Tava pensando em você.
Tava ouvindo Death Cab For Cutie.
Tô pensando em você.
[This is fact not fiction, for the first time in years.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 15:19
Hoje na aula, pensando em qualquer coisa menos no necessário - que seria entender o conteúdo da aula -, lembrei de como comecei o dia ontem.
Já que achei "engraçadinho", vou contar aqui.
Sexta eu perdi a hora e cheguei na escola para a terceira aula.
Segunda eu perdi a hora e cheguei para a segunda aula.
Aí ontem, minha mãe entrou no quarto e falou:
- Você perde a hora todo dia?
- Não, eu não perco a hora todo dia.
- E o que você tá fazendo ainda na cama?
- Dormindo, porque? Que horas são?
- 6:30.
- Pouts, perdi a hora!
(Meio segundo depois...)
- Bom, agora que eu já perdi a hora e não vou mais conseguir chegar na primeira aula, vou dormir até 7:00hr. Boa noite.
Sono. E quanto mais eu durmo, mais sono tenho.
Hoje? Bom, hoje eu não perdi a hora (nem teria como! Minha mãe colocou o celular dela pra despertar do meu lado e eu coloquei o meu pra despertar 5 vezes em menos de 10 minutos). E comecei o dia comendo mingau.
De mulher a criança e de criança a mulher mais rápido que a velocidade da luz.
[Porque sou tudojuntonumacoisasó.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 21:46
Não, não sei explicar.
Tem aquele medo que surge de vez enquando e toma conta da gente. De mim, no caso.
Depois vêm aqueles pensamentos que desanimam e entristecem.
Não sabia se chorava ou engolia, como de costume. E quase que involuntariamente, chorei. Mas não só chorei. Estava apavorada. Em silêncio.
Sempre tem algum pensamento que nos deixa aflito. Sempre. Algo que nos tira o fôlego e deixa desesperado só de pensar.
E quando você se depara com essas coisas, esses pensamentos, esses sentimentos ruins, você chora ou engole?
Na verdade, naquele exato momento, eu não escolhi, fui escolhida.
E de repente o medo, não de perder e sim de ser perdida, fez os carros que passavam ficarem irreconhecíveis. A noite ficou mais escura, o frio ficou mais frio e o ar parecia qualquer coisa que não fosse respirável.
Pensar na fragilidade daquilo que me sustenta me tira o fôlego.
Pensar que sim, eu poderia ficar mais forte se as coisas que se passam pela minha cabeça acontecessem, mas o que eu teria que perder para isso acontecer?
Não sei se vontade de querer enxergar demais, não sei se ressentimento ou falta, não sei se pesadelo ou apenas pensamento idiota.
E se um dia quiserem que você prove que você é capaz de tudo aquilo que você sabe que é capaz?
Se quiserem que você prove que você esperaria o tempo que fosse para estar junto das pessoas que ama por alguns segundos?
Se quiserem que você prove que a fé que você tem em você é tão real e tão sólida que ela seria capaz de lhe alimentar por dias?
Se quiserem que você fique de pé quando farão de tudo para lhe derrubar, só para terem a certeza de que você é realmente tudo aquilo que pensavam?
E fiquei sem reação. Saber do que sou capaz não me faz querer provar do que sou capaz. E por isso as lágrimas escorrem, os gritos engasgam e eu caio - ou não.
Mas e você, quando olha ao seu redor, você enxerga as pessoas chorando? Você enxerga as lágrimas delas, você ouve aqueles gritos abafados e sufocados que nunca serão mais do que silêncio, você vê que as pessoas caem tentando se segurar em mentiras e incertezas?
E ao se olhar no espelho, você vê suas lágrimas, você ouve seus gritos, você percebe que cai?
E tudo é tão frágil e superficial que nem percebemos quando aquilo que importa vai embora, quando aquele que não desejamos chega, quando todos morrem a cada dia, inclusive nós, e ainda assim achamos que temos toda a eternidade.
Não somos mais do que um instante e ainda que se saiba que se morre todo dia desde o dia em que se nasceu, não se quer ir embora. Não se quer que os outros vão embora.
E tudo aquilo que me sustenta é tão frágil que pensar que cada dia que passa eu tenho que aprender a andar sem precisar de apoio me fez querer chorar.
Mas apesar das lágrimas, do medo, do frio e da escuridão, hoje eu não cai; tinha alguém lá pra me abraçar e me segurar.
[Brilha onde estiver.
Faz da lágrima o sangue que nos deixa de pé.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:36
Eu não tenho estilo, tenho preguiça. O resto é consequência.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:34
Ontem eu estava inspirada a pensar em coisas que eu acho politicamente incorretas.
De repente me peguei falando sem parar filosofias sem pé nem cabeça, que surgiam de algum lugar e iam rumo à lugar algum.
Falei da Guerra do Vitenã e na influência decisiva que a veiculação de imagens da guerra, para o mundo inteiro, fez com que a guerra chegasse ao final.
Falei da Guerra do Iraque e como, agora, estão controlando a mídia para que as pessoas não vejam o que acontece realmente por lá, para que não haja grande divulgação de imagens, afinal ler uma notícia que diz "30000 mortos no Iraque" não causa tanta indignação quanto a divulgação de uma foto onde aparecem pilhas de mortos - homens, mulheres, crianças, idosos.
Estive pensando numa imagem muito comum de um menino pedindo dinheiro. As vezes, quando chega um desses meninos perto de nós, ficamos com medo deles.
Outra imagem muito comum que surgiu em seguida, para confrontar a primeira, é que quando passa algum homem vestido de terno e gravata dirigindo um carro importado, ficamos admirados só de pensar que aquele deve ser um executivo bem sucedido, honesto, pai de família; e se vê nitidamente as pessoas venerando aquele homem pelo que ele tem.
Que comece a luta.
Round 1: A verdade é aquele muito provavelmente é um dos milhares de políticos que pegam o seu dinheiro - da minha mãe, no caso - desviam para contas milhonárias em algum paraíso fiscal e compram ternos caros e carros importados que fazem com que você os admire.
Isso significa que você trabalha para o cara poder comprar tudo o que ele bem entender.
Round 2: Depois de você pensar que o cara é um político corrupto, você percebe que, geralmente, nem ao menos por um segundo pensa que na verdade você trabalha é para que aquele menininho tenha educação, tenha alimentação e pronto socorro com atendimento de qualidade - porque viver bem é (ou deveria ser) um direito, independente se você nasceu nos Jardins ou na favela da Rocinha - e não para que o garanhão ali tenha um Audi!
Round 3: É só então, a essa altura do campeonato, que você percebe que está no está no meio de uma puta treta, ou melhor, entre um o Audi com o bonitão corrupto bem vestido e o menininho de 5 anos vem te pedir um trocado.
Round 4: Você fica irado por não ter pensado em nada disso antes. Grita: "Filho da puta, devolve meu dinheiro!" - isso é para o motorista do Audi e não pro menininho.
Bom, chegar perto dele pra descer o cacete no cara não vai rolar porque você é honesto e paga o seu "4 meses de trabalho de graça", vulgarmente conhecido como "imposto", o que implica no fato de que a seu carro não vai nem chegar perto daquele Audi que a sua vista já alcança apenas com grande esforço.
Round 5: Depois de muito pensar e muito apanhar, você descobre um golpe que vai levar seu adversário direto pra lona: você decide que, a partir daquele momento, você não vai mais pagar imposto nenhum!
É aí que entra o juiz dizendo pra você que esse é um golpe muito baixo, que você foi desclassificado, que não é pra você discutir com ele porque ele é o juiz e que você vai preso por ser um ladrão que rouba leite de criancinhas - algo i-m-p-e-r-d-o-á-v-e-l.
Acabou a luta, você perdeu.
E você vai sempre perder porque esse governo desgraçado faz leis usando dois e pesos e duas medidas.
Complicado tudo isso, não?!
Num determinado momento, me perguntei qual era a língua do amor. Sempre dizem que é o francês mas eu acho que é o espanhol.
Acabei chegando à conclusão de que francês é a língua do amor quando ele é puro, quase impossível (hahaha): Je t'aime!
Agora, se for algo do tipo carnal (caliente, entende!?), nada melhor do que um "te quiero."
Também pensei em uma aula de história que tive essa semana, quando meu professor falava do Descobrimento do Brasil e da primeira missa celebrada nesse solo.
Olha só essa parte da carta de Caminha: "Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem novinhas e gentis, com cabelos muito pretos e compridos pelas costas; e suas vergonhas, tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as nós muito bem olharmos, não se envergonhavam."
Será que esse trecho sugere um estupro? A primeira carta que descrevia o Brasil para o Rei de Porugal descreve um estupro!?
Ou será que você prefere aquela história que diz que chegam aqui 3 caravelas, cheias de homens, que só viram mar, homem, mar, homem, mar e homem durante 3 ou 4 meses, veêm os indiozinhos e indiazinhas todos pelados, dão "Bom Dia!" e vão celebrar uma missa?
Aham, sei.
Pois é, desde sempre as pessoas acham que no Brasil só tem prostituta.
E o pensamentos iam e vinham e eu falava tudo o que passava pela minha cabeça tão rápido que as vezes até me faltava o ar. A noite estava bonita, e os carros passavam, as pessoas passavam, passavam esquilos e eu ficava lá, com os meus pensamentos.
Sabe qual foi o último deles?
Ele, quando foi fechar a porta, viu que ela também estava atrasada. Parou onde estava e ficou espiando ela andar aqueles 5 metros até a porta, que, para ele, mais pareciam uma passarela de 30 metros onde ela desfilava e não simplesmente andava.
E as pessoas lá dentro olhando pra ele pensando o que ele estaria fazendo parado ali.
Foi quando ela surgiu, empurrando sutilmente a porta de um lado enquanto ele puxava, com a mesma intensidade, a porta pelo outro lado.
Ela baixou a cabeça, sorriu tímida, agradeceu.
Ele olhou pra ela e sorriu.
Cada um foi para o seu canto. E foi naquela hora em que ela empurrava e ele puxava a porta que ela entendeu que eram um só. Se completavam.
Mas nunca iam saber disso porque ela achava que ele tinha que ir conversar com ela; gostava das coisas tradicionais. E ele era todo moderno e, depois de, frustradamente, tentar algo sério diversas vezes, achava que ela é que tinha que ir conversar com ele. Assim ele saberia que ela gostava dele de verdade e não recearia mais nenhuma decepção.
Se completavam. Só não sabiam disso. E ainda que soubessem, foi a falta de coragem dos dois que manteve todo aquele sentimento quieto por tanto tempo, que os dois acabaram se esquecendo de que um dia ele existiu.
[E eu acho que você é um pouco romântica sim, só que você não sabe disso.]
Risos.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 15:31
E quando eu iniciei o mozilla, como de costume, ele abriu na página da Globo.com.
Como uma das notícias principais estava "encontrado culpado por estuprar e estrangular menina de um ano e meio em Santa Catarina".
Você leu isso?
Leu mesmo?
Só o título já bastou.
Absurdos que a gente não engole.
Que não dá pra engolir.
Prova inaceitável de que a Teoria da Evolução de Darwin tem suas falhas.
Minha noite foi povoada por carros que paravam cheio de gente armada, por pessoas que me tiravam o ar e levavam para lugares desconhecidos, ruas que se estreitavam quando tudo o que eu precisava era espaço para fugir. E aquela agonia, aquela falta de ar que aparecem de repente quando a gente pensa em como esse mundo é de verdade.
E por um segundo, todas as minhas certezas foram embora.
Ficamos só, eu e meu medo, sem ter como fugir.
A realidade é que sempre somos afetados por todas as coisas que acontecem no mundo, ainda que não aconteçam conosco ou com conhecidos nossos; mas a questão é que essa revolta não dura tempo o suficiente para que façamos alguma coisa para que o mundo seja diferente.
Continuei a (tentar) dormir.
E viva a catatonia.
[Porque prefiro ser louca num mundo onde pessoas normais estupram e matam criancinhas de um ano e meio.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 21:17
Cheguei atrasada.
Me sentei e comecei a prestar atenção. Consegui; até a aula de redação.
Sei lá eu o porque, mas os pensamentos alheios que surgiam pura e simplesmente na minha cabeça colidiam com tudo aquilo que o professor falava e eu comecei a ficar inquieta, apesar de nada fazer sentido. Mesmo.
A distância entre aquele pouco que preciso e o que tenho, aqueles desejos que achei que tivesse largado pelo caminho, as pessoas que amo, tudo o que escrevo e o pouco que tenho escrito me fizeram querer sair correndo.
E o professor falava. E ainda que ouvindo mp3 e fingindo que não estava ali, eu ouvia.
Ler faz com que se conheça o mundo e quanto mais se conhece, mas eu posso me diferenciar dele. Ler bastante é muito importante para se escrever bem, mas escrever sempre é imprescindível.
Escrever bem é conseguir interferir na vida dos outros, no pensamento dos outros, nos seus sentimentos. Interferir é deixar as pessoas marcadas, fazer com que aquele que começou a ler seu texto seja diferente depois de ler a última linha.
Palmas pra ele. Interferiu naquele meu momento e me fez sair de lá pra respirar.
Saí. Andando, mas saí.
E vim para casa pensando que os meus sonhos não vão agradar à todos, isso é fato, mas que eu não posso desanimar por conta disso. Não posso deixar de lado toda a fé, força e coragem que tenho para ficar onde estou sabendo que tem um mundo inteiro lá fora.
Que eu vou chegar lá, seja lá onde "lá" for - "para quem não sabe onde vai, qualquer lugar está bom".
Que o que tiver que ser meu só não vai ser meu se eu deixar isso acontecer.
E por mais que eu saiba que não vai ser fácil e nem pouco dolorido, coraaaagem, mulher.
Porque o que seria do mundo se todos desistissem antes de tentar?
[De volta ao mundo real, hora de fazer ser real aqueles meus velhos sonhos; bora estudar porque o caminho longo.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 13:48
Tempos sem postar.
É, são aqueles pensamentos que a gente não se sente confortável em publicar assim, pra qualquer um ler.
Por esses dias andei, andei, andei, pensei bastante - pensamentos grandes em coisas pequenas e coisas pequenas em pesamentos grandes -, abracei, corri, me atrasei, dormi, beijei, ri até chorar e a barriga doer, contei piadas sem graça às 6 horas da manhã voltando pra casa, virei noites em claro, estudei muito mais do que o meu normal, prestei atenção em algumas aulas, dormi profundamente em outras, fiz amigos, revi amigos, fiz planos e os destrui depois de alguns dias, senti saudades, imaginei, especulei, desejei, contei o dinheiro do meu cofrinho, paguei concurso público e não fui fazer, tomei sorvete, vi o sol se pôr, vi o sol nascer, fui no cinema, passei horas fazendo nada e sou obrigada a admitir que foram as melhores horas do dia, tive uma crise de alergia bizarra que eu não tinha há anos, ouvi música, dancei na rua pouco ligando para o que as pessoas iam pensar de mim, ganhei um óculos escuro, quis colcoar um piercing no nariz de novo, xinguei o tio da portaria do colégio, falei bobagem na aula e fiz umas pessoas rirem muito alto no meio de uma aula em que o silêncio reinava, soprei chá gelado pra esfriar, sonhei com coisas que não existem mais, sonhei com coisas que eu espero que não sejam só sonhos, fingi que tava gávida na pizzaria pra ver se ganhava vinha de graça - não funcionou -, assisti "Crash" de novo, perdi a hora e ainda assim confesso que cheguei bem a tempo. No meu tempo.
É, bem fora de ordem e bagunçado, foi isso.
Mas sei lá, não queria parar por aqui.
Então, independente do resultado, vamos lá.
Para aquela que acha que sua opinião faz diferença na minha vida: vá à merda.Quanto, quanto? 14 horas? Nem é tão longe... Só um pouco, tipo... 14 horas.
Sabe aquela pessoa que vive às custas dos outros, que não tem preocupações e nada de útil para lhe ocupar o tempo e o pensamento, e que, então, dedica seu precioso tempo à se intrometer na vida alheia e quando não é bem aceita por conta disso - bah! -, se sente ofendida e blá blá blá e acha que têm o direito de ficar brava com você.
Aí ela deixa de falar com você, de convidar você, que faz parte da família, para as festas de família e faz questão de mostrar que está moagoada com você mas que, ainda assim, ela quer que você vá para a praia com ela - veja só, como é boazinha.
A verdade é que alguém tem que dizer à ela que você não se importa se ela está magoada com você ou não, se ela tem motivo pra isso ou não, que você não vai dormir na pia nem lamentar a ausência de uma pessoa que age desse jeito, que você não precisa dela, que ela deveria fazer terapia, que ela não precisa mentir - nem pra você e nem pra ela - que ela é boazinha porque você não quer ir pra praia com ela.
E que vá pro inferno com sua vidinha pobre, ainda que não pareça, e seu nariz empinado.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 14:17
As palavras entalaram na garganta e ela ficou quieta. Tentar falar daria início a uma tempestade e ela não queria isso. Engoliu as palavras até conseguir digerí-las e desistiu de colocar as idéias em ordem.
Talves se sentisse egoísta agora. Talvez apenas um pouco mais confusa do que o normal.
Não sei. Ela não soube me explicar como se sentia e não imagino que eu fosse capaz de entendê-la.
Sumiu.
Bom, não sumiu realmente. É só um modo de dizer que colocou os fones de ouvido que tanto amava e aumentou o volume até o máximo.
Foi aí que o resto do mundo parou de fazer barulho e ela pôde ficar sozinha com a melodia agradável e os pensamentos pouco claros - é mais ou menos nessa parte que entra o "sumiu".
A chuva não fazia diferença, as folhas que caíam fora de época também não; as pessoas na rua, o horário e aquelas idéias inacabadas de coisas nem ainda começadas, menos ainda.
Só queria ir embora.
Ou ficar, mais do que era capaz de suportar.
[E o que tiver que ser, será; mas eu gostaria mesmo era de ficar lá, onde a alma encontra o corpo.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:32
Eu, feliz que nem criança besta (não comente!).
Ontem teve balada boa e amigos do coração; Bruna tomando café da manhã às 4:30 da madrugada no Fran's Café com sua linda mamãe, depois dormindo até até às 15 horas.
De (final de) tarde e de noite, teve o Diego dominando.
Mas não só o dia.
A verdade é que tempo, assim como absolutamente todas as coisas, é algo muito relativo e, no caso, injusto também.
Injusto sim porque o que eu sinto por você não é proporcional ao tempo que estamos juntos.
Sorriso.
Acho que você se apaixonou pelo que você descobriu e não pelo que você viu (isso explica tudo, inclusive pra mim). E é por não querer mais ir embora, não querer mais ter que ir embora, que o que eu mais gosto é sentir, pela primeira vez, que estou exatamente onde deveria estar.
Seria capaz de morrer todo dia por esse sorriso.
Então prefiro parar de sorrir à te ver morrer.
[E tem também aquelas frases, que eu não vou esquecer. Mas também não vou falar.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 16:18
Deixo bem claro que nada do que escrevo aqui precisa fazer sentido - nem pra mim nem pra ninguém - e é bem provável que nem sequer tenha sentido. São apenas impressões, pensamentos ou sensações jogados em um lugar aí que eu não sei onde fica. Um monte de coisas que eu não sei de onde vieram e nem se vieram de algum lugar ou foram inventadas por mim. E não procuro saber de tudo isso, porque o mais importante é o resto; justamente por não ser real e não precisar fazer sentido.