quinta-feira, 7 de junho de 2007

meta[de] dia

Essa noite eu não dormi; desmaiei.
Acordei com algumas pessoas telefonando e nem me importei porque amo cada uma delas.
Mas bom mesmo foi depois de desligar o telefone.

Tem um vizinho aqui perto que toca piano. Adoro ouvir música de piano - queria muito tocar também, mas minhas mãos são muito pequenas.
Tenho que confessar que foi aí que o sol começou a nascer, apesar de serem 2 horas da tarde.

De novo e de novo e de novo...
As pessoas têm o tempo delas, não adianta você querer forçar que esse tempo seja hoje, aqui, agora. Deixe-as respirar. Deixa que elas escolham o próprio caminho e esteja aqui quando elas precisarem de você.
Não chegue mais sem ser chamada e não se sinta culpada por causa disso.
Não precisa perder o fôlego ou não saber o que fazer quando você não tem que fazer nada; as vezes tudo o que temos que fazer é simplesmente isso: nada.
Tem algo muito maior do que as coisas do mundo e as oscilações da alma que nos une.
E é claro que o sol vai nascer amanhã.

E a pessoa continuava tocando piano.
Mas eu imaginava que era uma bailarina pequeniniha que tocava, dançando em cima das teclas.

[Porque quando algo não termina bem, é porque ainda não terminou.]

Hora de dar coragem aos outros, mulher; ainda que isso seja tudo o que você não tenha.

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