[segredinho]
Eu confesso que tenho andando com uma séria mania de concluir todas as minhas frases com "pronto, falei".
É, pra variar eu não sei de onde cargas d'água eu tirei essa doidera.
[ Pronto, falei. ]
Eu confesso que tenho andando com uma séria mania de concluir todas as minhas frases com "pronto, falei".
É, pra variar eu não sei de onde cargas d'água eu tirei essa doidera.
[ Pronto, falei. ]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:05

Carrego meus sonhos numa bagagem de mão e minha força no coração.
Meio que perdida, ando sem rumo por algum tempo.
[Pra tomar ar fresco, talvez.]
Não tenho casa. Sou muito imensa para um único lugar; meu lar são todos os lares. Minha casa são os corações de perdidos como eu.
E embora eu pense que as paredes são frágeis para alguns dos temporais, quando estou certa, não me desespero. Que o vento leve embora tudo aquilo que me abrigou pelo tempo necessário.
[Serei eternamente agradecida.]
Não muito longe tem um ponto de ônibus cujos ônibus não têm destino próprio, mas vontade própria.
É pela janela nos dias chuvosos que o vejo buscar o sol. E pelo corredor que vejo pessoas indo e vindo.
Fico por último; não quero atrapalhar a viagem de ninguém e não sei onde vou descer.
Vou até o fim. Ainda que não haja nenhum fim.
Trago meus sonhos sempre à mão.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 01:23
Apesar dos óculos escuros, dava para se ver todas as cores que tinha lá. Dava pra ver as crianças brincando. Dava pra ver que o céu tava azul-piscina.
Mas ali, à sombra, passava um fantasma quase que despercebido.
Apesar dos óculos escuros, dava pra ver o sol; mas era impossível senti-lo.
Naquele canto no meio de tudo, o frio chegava a fazer arrepiar e a neve tentava esconder as coisas bonitas.
Sabia que elas existiam e para ter certeza bastava virar o pescoço para o lado e olhar pra ele com a alma. O que havia no meio não poderia não ser a coisa mais bonita que já se viu. Nem sequer havia nome para aquilo, de tão raro que é.
Mas não podia. Até respirar era difícil.
É difícil viver aqueles segundos sabendo que o frio começa dentro de você.
[Fiquei sabendo que minha ira me faz irônica; mas isso não vem ao caso.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 14:31
É fato que ninguém vive completamente sozinho e isolado. Alguém ou alguma coisa em algum lugar, sempre acaba nos afetando. Acabamos simpatizando com alguma coisa ou pessoa, às vezes depois de anos, às vezes depois de meio segundo; somos afetados.
Para muitos, o problema começa no fato de que nossos olhos ficam na frente do corpo - talvez por isso ela seja "frente". Acho que se os olhos ficassem nas costas, a frente seriam as costas. Ah, deixa pra lá - e por sermos limitados à andar para onde enxergamos, temos que andar pra frente.
Temos que andar pra frente.
Se apegar pode ser algo ruim quando vira um empecilho na hora de ir embora.
Mas ir embora é tão necessário quanto tentador. Descobrir coisas novas é maravilhoso.
E todo mundo que não vai acaba se perguntando depois como seria se fosse; pergunta angustiante para a qual, definitivamente, não existe resposta.
O jeito é guardar tudo o que é importa no coração, com carinho, e ir em busca de um mundo novo, de novas experiências e histórias para contar.
Aqueles amigos de verdade sempre serão amigos, não importa a distância e o tempo.
E aquelas coisas, de uma forma ou de outra, sempre pertencerão à você, à sua história.
Felicidade é só questão de fazer com que tudo valha a pena.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:23
Hoje achei um pensamento bobo e bastante esclarecedor debaixo do tapete.
A verdade é que se sou forte ou sou fria - em demasia, aliás -, é porque quis sê-lo. Fazer com que as dores do amor nunca fossem maiores do que o próprio amor foi o melhor presente que pude me dar.
É assim que se aprende a ser prática e não se machucar sem ter que deixar de viver. Tendo consciência de que tudo o que importa é o hoje.
E que tudo na vida passa; menos o motorista e o cobrador, claro.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 12:52
Confesso que nunca me esforço muito pra colocar títulos que façam algum sentido. Acho que já deu pra perceber - e pra evitar futuras piadas infames, "pra perceber ser dar" também.
Confesso que tenho estado meio ausente por aqui. Mas nem por isso não tenho escrito nada.
Acontece que eu descobri um lugarzinho no blog pra guardar os textos sem publicá-los. E o que aconteceu? Eu parei de publicá-los!
É, sei que é um erro visto que eu fiz o blog pra publicar meus textos, mas um dia eu me acustumo mesmo com essa idéia e aí inutilizo o espaço para esconder os textos.
Ah... E também tem o fato de que a internet aqui de casa não tem estado muito boa, o que faz com que eu escreva textos por aí e não me lembre onde estão depois. Isso significa que aquele texto que escrevi quando de repente percebi como se professor é f..., digo, difícil e muito bonito, tá lá. Lá onde? Eis a questão.
Tudo bem, eu o reescrevo depois.
Mudando de assunto... Sabe o que eu estou fazendo agora (lembrando que "agora" não é agora, a hora que você tá lendo)? Escrevendo. Mas sabe o que eu deveria estar fazendo? Estudando.
Não é estranho como eu tenho o péssimo hábito de deixar o que me enche o saco, mas ainda assim é necessário, de lado? E não é mais estranho ainda que eu tenha esse hábito, sabendo que não deveria tê-lo e que a única pessoa prejudicada por tê-lo sou eu?
Penso que às vezes seria muito melhor não pensar.
Falando em pensar, ontem eu descobri que preciso andar com um gravador por perto. Percebi que todos os meus pensamentos não cabem nem na minha cabeça, nem no meu bolso e acabo por perdê-los no caminho. Isso é ruim porque eu custumo gostar deles.
Quem dera eu tivesse memória pra guardar cada coisa pela qual eu me apaixono, dentro da minha cabeça - ou do meu bolso. Acho que eu queria ser um canguru, ou não achar que minha memória é uma desgraça aos 18 anos de idade.
Que seja. Pra não dizer que não tenho escrito nada - de útil -, vou contar aqui tês pensamentos de ontem. Três que eu me lembre, obviamente. E três, pra compensar um pouco minha ausência.
- Motoqueiros que usam o capacete como se fosse cotoveleira.
Da mesma maneira que eu acho estúpido como minha mãe chega pra mim e me manda ir estudar sendo que a única prejudicada por não estudar sou eu, acho mais estranho ainda as pessoas terem que fazer campanhas para os motoristas usarem cinto de segurança, para os motoqueiros usarem capacete (na cabeça), dirigirem com cuidado e tudo o mais.
Como a idéia começou com os motoqueiros, me surgiu a pergunta: porque é que eles fazem isso? Porque andar com o capacete no cotovelo e não na cabeça? Penso que aqueles que usam o capacete no cotovelo, o fazem porque não têm cabeça. Além de também pensar que é por popularidade.
Vai dizer que você não acha ousadia ver um motoqueiro a 100km/h, na Anchieta, sem capacete? Muita ousadia. Ele provavelmente deve se exibir por isso.
A dúvida que fica, pra mim, é se a popularidade dele acaba quando ele coloca o capacete ou quando ele se mata num daqueles acidentes que muita gente prefere nem ver.
[balela.]
- Photoshop.
Tava vendo a capa de um filme, "Garotas do Calendário", que pelo que sei, conta a história de um monte de velinhas que não sei porquê, posam nuas para um calendário. Pelo pouco que mostra a capa, eu queria ser daquele jeito, agora! Absurdo o que o photoshop é capaz de fazer...
Lembrei-me de uma tarde, numa das raras vezes em que ligo a televisão, de um homem demonstrando o que um tipo de photoshop aí era capaz de fazer: tirou uma foto de uma menina de biquini, uma dessas que tem um pouquinho de gordura, pouco peito, os dentes um pouquinho tortos... Uma menina normal.
Inacreditável o que ele fez com a foto dela.
E aí eu penso: pra que fazer isso com a foto dela? Porque a gente sempre tenta parecer algo que não é?
A verdade é que o que ele fez com ela foi deixá-la perfeita. Ali, naquela foto, ela era perfeita. E quem não quer ser perfeito?
Percebi que o capitalismo faz tudo parecer perfeito para que nós queiramos ser e usar. Quem precisa estar quando tudo o que se vê é a imagem que se veste e que se vende? Usando, somos muito melhores.
Na verdade, até "ser" é dispensável. Basta usar.
Pois é, eu continuo achando que o capitalismo é uma merda vazia. E continuo pensando em como seria minha vida sem ele.
[balela de novo...]
- Chateação.
Chateação enche estômago.
Há aqueles que descontam sua chateação num prato de comida. Mas é muito mais comum vermos pessoas que perdem a fome por causa disso ou daquilo.
E quando estou muito chateada, eu não quero comer; porque eu não tenho culpa se numa hora tô morrendo de fome e na outra, tô chateada.
Só não respire daquele jeito, não venha expirar seu desdém ao meu lado.
[esse sim!]
Outra coisa que percebi ontem e que não foi um pensamento, é que eu não tenho problemas com TPM, mas em contrapartida, a simples sensação de que vou ficar doente me deixa mal. Mal; primeiro por dentro, depois por fora.
Porque me dá vontade de chorar e eu começo a ficar sem paciência e hora eu tô até que bem, hora eu tô AQUELE trapo.
E a culpa não é de ninguém. Só minha, que ainda não me acostumei e não sei lidar com essas alterações de humor repentinas.
Mas uma coisa eu já sei: quando estiver assim, preferirei ficar em casa, ainda que isso seja tudo que eu não queira fazer.
Tô trabalhando no resto, muita hora nessa calma.
É isso.
Eu acho...
[Será que já tá grande o bastante?]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 13:47
Deixo bem claro que nada do que escrevo aqui precisa fazer sentido - nem pra mim nem pra ninguém - e é bem provável que nem sequer tenha sentido. São apenas impressões, pensamentos ou sensações jogados em um lugar aí que eu não sei onde fica. Um monte de coisas que eu não sei de onde vieram e nem se vieram de algum lugar ou foram inventadas por mim. E não procuro saber de tudo isso, porque o mais importante é o resto; justamente por não ser real e não precisar fazer sentido.