seja passageiro

Carrego meus sonhos numa bagagem de mão e minha força no coração.
Meio que perdida, ando sem rumo por algum tempo.
[Pra tomar ar fresco, talvez.]
Não tenho casa. Sou muito imensa para um único lugar; meu lar são todos os lares. Minha casa são os corações de perdidos como eu.
E embora eu pense que as paredes são frágeis para alguns dos temporais, quando estou certa, não me desespero. Que o vento leve embora tudo aquilo que me abrigou pelo tempo necessário.
[Serei eternamente agradecida.]
Não muito longe tem um ponto de ônibus cujos ônibus não têm destino próprio, mas vontade própria.
É pela janela nos dias chuvosos que o vejo buscar o sol. E pelo corredor que vejo pessoas indo e vindo.
Fico por último; não quero atrapalhar a viagem de ninguém e não sei onde vou descer.
Vou até o fim. Ainda que não haja nenhum fim.
Trago meus sonhos sempre à mão.
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