sexta-feira, 18 de abril de 2008

quase preto e branco

Menina flor. Morena flor não porque eu tô com aquele bronze de barata de escritório.
E também porque meu perfume acabou.

Pois é, essa postagem deveria ser no fotolog. Mas como eu meio que o desprezo, fica no blog mesmo.

Ando cheia de idéias, filosofias, apelidos e nostalgia.
Em doses homeopáticas, claro.
Música suave, cara de criança perdida e eu comendo cachorro-quente andando pela Jurubatuba com passos de formiga, só porque não queria ficar parada e não gosto de comer sozinha.
Ando; devagar, mas nunca para trás.
E andar é bom pra fazer a digestão.

Pra tudo dá-se um jeito.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

declara


Ele chegou e eu tava lá, de ponta cabeça, nem um pouco concentrada - morrendo de rir, aliás.
Ele me faz rir.
A gente é besta, brinca de lutinha, guerra de travesseiro, de farinha (na hora de fazer bolo), de água, de quem fica mais feio com a boca aberta cheia de comida.
De tédio, a gente não morre.
E é assim, vendo as coisas bem bestas, que eu tenho cada vez mais certeza que sim, é ele.
Que eu amo, até de ponta cabeça, quase caindo.

terça-feira, 15 de abril de 2008

viagens à parte

Verdade: nem tudo que não parece bom é, de fato, ruim.
Não fossem as pedras, as perdas, as passagens impedidas, os dias de chuva, os dias de sol, a primavera, o frio, o calor, os dilúvios, as dores de barriga de tanto rir, as ressacas e as quedas, eu seria um cristal.
São as dificuldades, a força para ser quem se sabe que é, que faz o olhar ser um trator. Que faz transparecer aquilo que somos.
É a imensidão que faz o tédio não existir.
E eternidade é só a vontade de querer fazer o riso durar pra sempre.



Sempre menina-mulher.
Talvez mais um do que outro, mas sempre uma mistura.
Tipo vodca e limão, sabe?
Ficam melhores formando dupla.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

o exercício das pequenas coisas

Prestava atenção nos passos e andava devagar, talvez prestasse atenção ao redor.
O sol esquentava como um abraço desejado.
E todos aceitavam aquele carinho, e até gostavam, mesmo sem notarem.
Mas tudo bem, o sol continuava a fazer o que sempre fazia sem nem sequer se incomodar.
Assim como ela quase invisível, que andava a passos lentos e sorrindo, meio que desfilando, enfeitando o lugar ou só recarrengado as energias e enchendo a cabeça de pensamentos tranquilos e bons.
Respirava e ouvia seu coração.
Fazia o que fazia porque aquilo lhe fazia bem, e não olhava para fora naquele momento; só podia sentir o sol.
E agradecia.

Pequeno sonho de consumo, um pouco velho, mas ainda sonho.

[Me dá!]

sábado, 12 de abril de 2008

planos e ação

Eu tenho um projeto.
Ultimamente, tenho feitos muito projetos, mas só há que exija de mim tudo aquilo que não sei onde coloquei.
E é por isso que ele está parado há algum tempo.
Talvez seja por preguiça, talves seja falta tempo ou simplesmente a falta de vontade de encarar aquilo que escondi debaixo de um monte de papel.
Espero que no final valha a pena.
Aliás, para a maioria dos meus projetos recentes estou muito velha - e não pensem que estou exagerando, afinal eu não falei do que estou falando! -, e por mais difícil que seja, não vou desistir; posso estar velha, mas não estou morta.
Mesmo que o esforço para chegar lá tenha que ser bem grande.
Fazer projetos é legal, pensar em fazer algo do que gostamos serve como impulso pra irmos em frente.
Mas melhor do que fazer projetos, é trabalhar para torná-los reais.
No final, valhe a pena.

Vale? Considerando que estou longe de chegar lá, só chegando mesmo pra saber.
E jamais se pode esquecer que toda dor, queimadura, bolha, cansaço e calo no dedo porque apoio a lapiseira de um jeito que machuca, foram escolhas minhas.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

tudo azul, todo mundo nu

Falta inspiração. Então a gente tenta renovar um pouco as coisas e retomar a idéia inicial do blog: escrever mais.
E eu nem ligo se ficou muito azul.
Afinal, na quarta série era minha cor favorita.
[bah]

Na aula de literatura hoje, com o melhor dos melhores professores do mundo (Deus, digo, Fernando), num piscar de olhos começou e terminou uma discussão do porque poesia de amor é sempre triste. O amor acaba; ou acaba a vida, mas o amor não; ou simplesmente as pessoas vão embora, mesmo antes de o amor acabar ou mesmo ter tempo pra existir: o poema nasce do descompasso.
Taí.
Eu, que nunca fui assídua e muito menos pontual, que nunca acertei exercicíos de matemática ou liguei pra física e só quis aprender química pra poder pedir pro meu namorado técnico em química me ensinar e fingir que aprendi enquanto pensava em algo mais interessante, tenho feito tudo certo - menos comer direito, claro.
Tenho acordado relativamente cedo e feito exercícios físicos. Tenho feito as tarefas mínimas e complementares e ouvido música clássica. Tenho maneirado nos palavrões, não enchido a cara nas festas nem dirigido acima do limite de velocidade (coisa que eu já não faço mesmo, mas tudo bem).
Arrisco dizer que estou em paz comigo mesma e acho que isso tira a minha inspiração. Quando não sei onde estou, o que fazer ou por quem gritar, gosto mais do que escrevo.
Sinto como se não tivesse nada a dizer a mim mesma - quem dirá aos outros, postando no blog -, apenas sorrio, me curvo, cumprimento quem estiver presente e vou embora. Assim, leve.
Esse compasso ao qual realmente não estou acostumada me faz não pensar em escrever.
Procuro meia dúzia de músicas pra me acompanhar e vou embora.
E quando eu volto a pensar, terminei toda a minha lição.
Acho que vou pintar o cabelo de azul.
Laranja, talvez.
É bem estranho pensar na minha vida e perceber que, nesse exato momento, eu não quero nada a não ser andar por aí.
Namorar.
Rir de piadas que ninguém contou.

Tenho toda a força de que preciso para ser feliz.
E não é que já me disseram que para ser feliz é necessário, antes de mais nada, estar bem consigo mesmo?
Por mais que isso soe estranho.