quinta-feira, 10 de abril de 2008

tudo azul, todo mundo nu

Falta inspiração. Então a gente tenta renovar um pouco as coisas e retomar a idéia inicial do blog: escrever mais.
E eu nem ligo se ficou muito azul.
Afinal, na quarta série era minha cor favorita.
[bah]

Na aula de literatura hoje, com o melhor dos melhores professores do mundo (Deus, digo, Fernando), num piscar de olhos começou e terminou uma discussão do porque poesia de amor é sempre triste. O amor acaba; ou acaba a vida, mas o amor não; ou simplesmente as pessoas vão embora, mesmo antes de o amor acabar ou mesmo ter tempo pra existir: o poema nasce do descompasso.
Taí.
Eu, que nunca fui assídua e muito menos pontual, que nunca acertei exercicíos de matemática ou liguei pra física e só quis aprender química pra poder pedir pro meu namorado técnico em química me ensinar e fingir que aprendi enquanto pensava em algo mais interessante, tenho feito tudo certo - menos comer direito, claro.
Tenho acordado relativamente cedo e feito exercícios físicos. Tenho feito as tarefas mínimas e complementares e ouvido música clássica. Tenho maneirado nos palavrões, não enchido a cara nas festas nem dirigido acima do limite de velocidade (coisa que eu já não faço mesmo, mas tudo bem).
Arrisco dizer que estou em paz comigo mesma e acho que isso tira a minha inspiração. Quando não sei onde estou, o que fazer ou por quem gritar, gosto mais do que escrevo.
Sinto como se não tivesse nada a dizer a mim mesma - quem dirá aos outros, postando no blog -, apenas sorrio, me curvo, cumprimento quem estiver presente e vou embora. Assim, leve.
Esse compasso ao qual realmente não estou acostumada me faz não pensar em escrever.
Procuro meia dúzia de músicas pra me acompanhar e vou embora.
E quando eu volto a pensar, terminei toda a minha lição.
Acho que vou pintar o cabelo de azul.
Laranja, talvez.
É bem estranho pensar na minha vida e perceber que, nesse exato momento, eu não quero nada a não ser andar por aí.
Namorar.
Rir de piadas que ninguém contou.

Tenho toda a força de que preciso para ser feliz.
E não é que já me disseram que para ser feliz é necessário, antes de mais nada, estar bem consigo mesmo?
Por mais que isso soe estranho.

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