questão de necessidade
Quando eu escrevo, eu me desenho. Eu me descubro.
É lendo e relendo aquela letra à qual estou tão acostumada, que descubro novos contornos, novos olhares, novas notas.
Começo a achar que sou muito maior do que cabe em mim; "muito", e não simplesmente "maior".
O problema é que as vezes eu não gosto do que vejo.
E as vezes eu percebo coisas que me tornam irreconhecível aos meus próprios olhos.
Quem é aquela refletida no espelho?
Acho que vou pegar o próximo ônibus que passar... Não importa para onde ele vá. O que interessa é o que acontece na estação.
Me enfrentar é muito complicado.
Ouço no rádio as batidas do meu coração, numa freqüência qualquer. Desconfio que não seja a mesma daquela em que nascem minhas palavras.
Procuro sintonizar frenqüências diferentes.
Sintonizar.
Procurar.
Escrever.
Pensar.
Agir?
Tenho sono. E frio.
Um comentário:
sincronizando os fluídos mentalizados nas paredes metabólicas da alma que ao mesmo tempo fundem com as arestas do corpo que por si só se torna um conjunto do físico e do mental em relação ao ser por completo ou apenas uma breve lembrança do que foi um dia.
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