os outros
Os outros são pessoas estranhas. Estranhas não, diferentes.
Que bom, afinal o mundo seria tedioso se todos fossem, pensassem, agissem iguais a nós!
Ou seja, não é justo conosco esperar dos outros atitudes que nós teríamos; sim, porque eles são diferentes de nós e isso não deve nos machucar.
Sim, também acho que devemos ajudar os outros, mas acho que há várias formas de fazer isso.
Caso queira saber minha opinião - porque toda vez que você diz "vamos conversar", você fala, me critica quando eu falo, faz cara de bosta e sai andando sem me ouvir -, dar as coisas mastigadas pros outros é a pior maneira de tentar ajudar alguém.
Temos sim que ajudar as pessoas a se acharem e serem felizes, mas de maneira alguma isso é uma obrigação. E é importante que você saiba que sim, há uma hora em que as coisas não estão ao nosso alcance pelo simples fato de que não devem estar, que cada um tem sua cruz (muitas vezes não carregamos nem a nossa, como vamos querer carregar a dos outros?). E é nessa hora que devemos nos retirar e só voltarmos quando formos convidados - ponderando; ninguém aqui é trouxa.
O medo faz bem. Não é preciso proteger as pessoas o tempo todo, elas têm que dar os próprios passos e levar os próprios tombos para conhecer os próprios limites.
Em todo caso, sim, sempre queremos ajudar aquele que amamos. Mas ao invés de chegar e fazer, podemos sentar e conversar. Sabendo pra que caminho a pessoa deve ir, fica mais fácil, confesso.
Covnersando, dialogando - também conhecido como "eu falo, você escuta, você fala, eu escuto"! - e fazendo a pessoa ver aquilo que consideramos melhor pra ela, porque sabemos de algo que ela não sabe. Nós a queremos bem. Mas não a queremos incapaz de fazer as coisas sozinhas, ainda mais quando sabemos que elas têm capacidade.
Ninguém quer uma mãe. Quer sim, bons conselhos e um ombro amigo, quando não restar mais nada a fazer. Quer ser grande e se conhecer, saber até onde vai sua força. E não ser subestimada, ainda que nem ela e nem você percebam isso, recebendo tudo de mão beijada e agindo por impulso.
Sentar, conversar, ponderar.
Mostrar o caminho, quando nós já o conhecemos.
Mas deixar que a pessoa o descubra sozinha e apenas estar perto para ajudar. Ou lembrá-la, caso ela esqueça.
Ajudar as pessoas à crescerem em sua sabedoria.
E não lhes dar grãos de mediocridade e enfiar-lhes opiniões mastigadas goela abaixo só porque isso lhe soa bem.
Entenda, há verdades que não precisam ser ditas e milhares de jeitos de se dizer uma verdade necessária.
Mas há alguns em que o resultado é bem mais positivo que em outros, independente do som que isso tenha.
Um comentário:
Faz tempo que tô procurando um blog assim... vc rouba minhas palavras... ainda faço um blog pra mim...
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