sexta-feira, 19 de outubro de 2007
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
[ esperando ]
Tá chegando, tá chegando...
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:06
sábado, 13 de outubro de 2007
o que vale é a intenção
Sem nada pra falar agora.
Mas eu tinha, antes de o computador tavar cinco vezes e eu perder minhas idéias no meio das teclas.
Então fico assim; fico pra outro dia.
[ Então quer dizer que vou embora agora?! ]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 11:50
domingo, 7 de outubro de 2007
frase do dia
"Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque o que podia fazer era muito pouco."
Comecemos do começo.
Esse postezinho (a foto e a frase) foi feito dia 27/06/07. À época, eu e uma amiga tinhamos nos inscrito para fazer serviço comunitário numa creche, no centro da cidade. Preenchemos um formulário e voltamos para casa, esperando o pessoal da creche nos ligar para podermos começar a trabalhar.
Mas não nos ligaram até hoje.
O que me deixa indignada é que se há tanta gente querendo trabalhar lá a ponto de eles não precisarem de mim e de minha amiga, porque não nos ligaram de volta para dizer, ao menos, que não precisariam de nós? Poderiam dizer "olha, nesse momento, temos muita gente trabalhando aqui, mas há outras creches aqui perto onde vocês podem trabalhar."
Passar pra frente, sabe?
De que adianta ter vontade de ajudar se ela é empilhada para aguardar pela maior camada de pó que puder encobri-la?
Porque deixar na reserva pessoas que poderiam estar trabalhando e fazendo a diferença?
Não dá pra entender. Tanto lugar precisando de gente para ajuda, para dar atenção e carinho para outras pessoas, e aqueles que felizmente não precisam de gente mas que por algum motivo - como se localizar no centro da cidade - são muito procurados, engavetam iniciativas sem perceber que isso é praticamente um crime.
É um crime quando alguém que quer ajudar é esquecido numa pilha de papel.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 18:49
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
parabéns e planos sussurrados
Nove meses é uma coisa interessante.
Indenpendente da minha vontade, eu penso em uma criança nascendo; e também penso que isso seja bom. Dizem que as crianças vêm para acalmar os lares.
Tudo bem que quem veio me acalmar não foi uma criança - na maior parte do tempo, ao menos -, mas me traz paz à nove meses.
Ele, esse adulto que vira criança pra entender as minha crises que nem eu mesma entendo, fez nascer em mim uma paz desconhecida. Fez nascer em mim um conforto desconhecido e até mesmo, o mais inesperado, uma vaidade desconhecida. Trouxe com ele uma certeza tranquilizadora: a certeza daquela presença maravilhosa aqui, sempre perto.
Em nove meses, um monte de coisas podem acontecer. E dentre todas as posibilidades que minha vida me oferecia há nove meses, a que eu achava menos plausível era essa: estar com você aqui, hoje.
Eu nunca imaginei que numa noite fria qualquer, quando aqueles pensamentos que eu destesto me faziam lembrar coisas que eu destesto mais ainda, quando o peso de tudo fosse tão grande que tornava a vontade de sumir maior ainda, você lembrasse de mim e mesmo que dormindo, me puxasse pra você. Eu nunca imaginei que você perceberia o que eu sentia e ainda que você não tenha percebido porra nenhuma, você me puxou pra você. Pro abraço quentinho, pras certezas de coisas boas e pro melhor lugar que eu conheço no mundo.
É nos pequenos detalhes que grandes pessoas, coisas e sentimentos se revelam.
É por isso que esses nove meses fizeram tudo o que eu senti ser imensamente intenso e igualmente supreendedor, igualmente bom. Como todas as coisas que você traz pra minha vida.
E pensar que nove meses são só o começo...
Preciso dizer aquelas duas palavrinhas mágicas?
[ Te amo. ]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 00:01
domingo, 30 de setembro de 2007
[segredinho]
Eu confesso que tenho andando com uma séria mania de concluir todas as minhas frases com "pronto, falei".
É, pra variar eu não sei de onde cargas d'água eu tirei essa doidera.
[ Pronto, falei. ]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:05
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
seja passageiro

Carrego meus sonhos numa bagagem de mão e minha força no coração.
Meio que perdida, ando sem rumo por algum tempo.
[Pra tomar ar fresco, talvez.]
Não tenho casa. Sou muito imensa para um único lugar; meu lar são todos os lares. Minha casa são os corações de perdidos como eu.
E embora eu pense que as paredes são frágeis para alguns dos temporais, quando estou certa, não me desespero. Que o vento leve embora tudo aquilo que me abrigou pelo tempo necessário.
[Serei eternamente agradecida.]
Não muito longe tem um ponto de ônibus cujos ônibus não têm destino próprio, mas vontade própria.
É pela janela nos dias chuvosos que o vejo buscar o sol. E pelo corredor que vejo pessoas indo e vindo.
Fico por último; não quero atrapalhar a viagem de ninguém e não sei onde vou descer.
Vou até o fim. Ainda que não haja nenhum fim.
Trago meus sonhos sempre à mão.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 01:23
sábado, 15 de setembro de 2007
à meia noite o sol surgia...
Apesar dos óculos escuros, dava para se ver todas as cores que tinha lá. Dava pra ver as crianças brincando. Dava pra ver que o céu tava azul-piscina.
Mas ali, à sombra, passava um fantasma quase que despercebido.
Apesar dos óculos escuros, dava pra ver o sol; mas era impossível senti-lo.
Naquele canto no meio de tudo, o frio chegava a fazer arrepiar e a neve tentava esconder as coisas bonitas.
Sabia que elas existiam e para ter certeza bastava virar o pescoço para o lado e olhar pra ele com a alma. O que havia no meio não poderia não ser a coisa mais bonita que já se viu. Nem sequer havia nome para aquilo, de tão raro que é.
Mas não podia. Até respirar era difícil.
É difícil viver aqueles segundos sabendo que o frio começa dentro de você.
[Fiquei sabendo que minha ira me faz irônica; mas isso não vem ao caso.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 14:31
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
daquilo que afeta
É fato que ninguém vive completamente sozinho e isolado. Alguém ou alguma coisa em algum lugar, sempre acaba nos afetando. Acabamos simpatizando com alguma coisa ou pessoa, às vezes depois de anos, às vezes depois de meio segundo; somos afetados.
Para muitos, o problema começa no fato de que nossos olhos ficam na frente do corpo - talvez por isso ela seja "frente". Acho que se os olhos ficassem nas costas, a frente seriam as costas. Ah, deixa pra lá - e por sermos limitados à andar para onde enxergamos, temos que andar pra frente.
Temos que andar pra frente.
Se apegar pode ser algo ruim quando vira um empecilho na hora de ir embora.
Mas ir embora é tão necessário quanto tentador. Descobrir coisas novas é maravilhoso.
E todo mundo que não vai acaba se perguntando depois como seria se fosse; pergunta angustiante para a qual, definitivamente, não existe resposta.
O jeito é guardar tudo o que é importa no coração, com carinho, e ir em busca de um mundo novo, de novas experiências e histórias para contar.
Aqueles amigos de verdade sempre serão amigos, não importa a distância e o tempo.
E aquelas coisas, de uma forma ou de outra, sempre pertencerão à você, à sua história.
Felicidade é só questão de fazer com que tudo valha a pena.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:23
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
soleil
Hoje achei um pensamento bobo e bastante esclarecedor debaixo do tapete.
A verdade é que se sou forte ou sou fria - em demasia, aliás -, é porque quis sê-lo. Fazer com que as dores do amor nunca fossem maiores do que o próprio amor foi o melhor presente que pude me dar.
É assim que se aprende a ser prática e não se machucar sem ter que deixar de viver. Tendo consciência de que tudo o que importa é o hoje.
E que tudo na vida passa; menos o motorista e o cobrador, claro.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 12:52
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
eu confesso
Confesso que nunca me esforço muito pra colocar títulos que façam algum sentido. Acho que já deu pra perceber - e pra evitar futuras piadas infames, "pra perceber ser dar" também.
Confesso que tenho estado meio ausente por aqui. Mas nem por isso não tenho escrito nada.
Acontece que eu descobri um lugarzinho no blog pra guardar os textos sem publicá-los. E o que aconteceu? Eu parei de publicá-los!
É, sei que é um erro visto que eu fiz o blog pra publicar meus textos, mas um dia eu me acustumo mesmo com essa idéia e aí inutilizo o espaço para esconder os textos.
Ah... E também tem o fato de que a internet aqui de casa não tem estado muito boa, o que faz com que eu escreva textos por aí e não me lembre onde estão depois. Isso significa que aquele texto que escrevi quando de repente percebi como se professor é f..., digo, difícil e muito bonito, tá lá. Lá onde? Eis a questão.
Tudo bem, eu o reescrevo depois.
Mudando de assunto... Sabe o que eu estou fazendo agora (lembrando que "agora" não é agora, a hora que você tá lendo)? Escrevendo. Mas sabe o que eu deveria estar fazendo? Estudando.
Não é estranho como eu tenho o péssimo hábito de deixar o que me enche o saco, mas ainda assim é necessário, de lado? E não é mais estranho ainda que eu tenha esse hábito, sabendo que não deveria tê-lo e que a única pessoa prejudicada por tê-lo sou eu?
Penso que às vezes seria muito melhor não pensar.
Falando em pensar, ontem eu descobri que preciso andar com um gravador por perto. Percebi que todos os meus pensamentos não cabem nem na minha cabeça, nem no meu bolso e acabo por perdê-los no caminho. Isso é ruim porque eu custumo gostar deles.
Quem dera eu tivesse memória pra guardar cada coisa pela qual eu me apaixono, dentro da minha cabeça - ou do meu bolso. Acho que eu queria ser um canguru, ou não achar que minha memória é uma desgraça aos 18 anos de idade.
Que seja. Pra não dizer que não tenho escrito nada - de útil -, vou contar aqui tês pensamentos de ontem. Três que eu me lembre, obviamente. E três, pra compensar um pouco minha ausência.
- Motoqueiros que usam o capacete como se fosse cotoveleira.
Da mesma maneira que eu acho estúpido como minha mãe chega pra mim e me manda ir estudar sendo que a única prejudicada por não estudar sou eu, acho mais estranho ainda as pessoas terem que fazer campanhas para os motoristas usarem cinto de segurança, para os motoqueiros usarem capacete (na cabeça), dirigirem com cuidado e tudo o mais.
Como a idéia começou com os motoqueiros, me surgiu a pergunta: porque é que eles fazem isso? Porque andar com o capacete no cotovelo e não na cabeça? Penso que aqueles que usam o capacete no cotovelo, o fazem porque não têm cabeça. Além de também pensar que é por popularidade.
Vai dizer que você não acha ousadia ver um motoqueiro a 100km/h, na Anchieta, sem capacete? Muita ousadia. Ele provavelmente deve se exibir por isso.
A dúvida que fica, pra mim, é se a popularidade dele acaba quando ele coloca o capacete ou quando ele se mata num daqueles acidentes que muita gente prefere nem ver.
[balela.]
- Photoshop.
Tava vendo a capa de um filme, "Garotas do Calendário", que pelo que sei, conta a história de um monte de velinhas que não sei porquê, posam nuas para um calendário. Pelo pouco que mostra a capa, eu queria ser daquele jeito, agora! Absurdo o que o photoshop é capaz de fazer...
Lembrei-me de uma tarde, numa das raras vezes em que ligo a televisão, de um homem demonstrando o que um tipo de photoshop aí era capaz de fazer: tirou uma foto de uma menina de biquini, uma dessas que tem um pouquinho de gordura, pouco peito, os dentes um pouquinho tortos... Uma menina normal.
Inacreditável o que ele fez com a foto dela.
E aí eu penso: pra que fazer isso com a foto dela? Porque a gente sempre tenta parecer algo que não é?
A verdade é que o que ele fez com ela foi deixá-la perfeita. Ali, naquela foto, ela era perfeita. E quem não quer ser perfeito?
Percebi que o capitalismo faz tudo parecer perfeito para que nós queiramos ser e usar. Quem precisa estar quando tudo o que se vê é a imagem que se veste e que se vende? Usando, somos muito melhores.
Na verdade, até "ser" é dispensável. Basta usar.
Pois é, eu continuo achando que o capitalismo é uma merda vazia. E continuo pensando em como seria minha vida sem ele.
[balela de novo...]
- Chateação.
Chateação enche estômago.
Há aqueles que descontam sua chateação num prato de comida. Mas é muito mais comum vermos pessoas que perdem a fome por causa disso ou daquilo.
E quando estou muito chateada, eu não quero comer; porque eu não tenho culpa se numa hora tô morrendo de fome e na outra, tô chateada.
Só não respire daquele jeito, não venha expirar seu desdém ao meu lado.
[esse sim!]
Outra coisa que percebi ontem e que não foi um pensamento, é que eu não tenho problemas com TPM, mas em contrapartida, a simples sensação de que vou ficar doente me deixa mal. Mal; primeiro por dentro, depois por fora.
Porque me dá vontade de chorar e eu começo a ficar sem paciência e hora eu tô até que bem, hora eu tô AQUELE trapo.
E a culpa não é de ninguém. Só minha, que ainda não me acostumei e não sei lidar com essas alterações de humor repentinas.
Mas uma coisa eu já sei: quando estiver assim, preferirei ficar em casa, ainda que isso seja tudo que eu não queira fazer.
Tô trabalhando no resto, muita hora nessa calma.
É isso.
Eu acho...
[Será que já tá grande o bastante?]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 13:47
terça-feira, 28 de agosto de 2007
ali e aqui
Dia tranquilo. Chuvoso.
Penso que todos os dias chuvosos poderiam ser tranquilos.
Enfim...
Frase do dia? Aquela na traseira do caminhão que dizia "mantenha lonjura".
Uma daquelas coisas que nos diverte por meio segundo sem que saibamos explicar o porquê.
Boas risadas no cursinho, abraços quentinhos do namorado.
Meia dúzia de coisa inúteis na cabeça e outra meia dúzia no papel.
Alguns grafites pensados, apenas um feito. E muito, mas muito dinheiro - fictício - perdido no poker.
Mas quem se importa?
O importante é que tem chocolate quente na cozinha.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:18
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
dia de fazer [n]enem
Eu não sei o que quero fazer da vida.
Convenhamos que ter escolher o que se que fazer para o resto da vida aos 18 anos é algo complicado, considerando a minha curta existência.
Penso que a questão não é essa.
Não tenho pressa, não me preocupo. Me forçar a gostar de algo só para não dizer que "ainda não sei" quando alguém me pergunta o que eu quero está fora de cogitação.
Conto com o tempo que tenho e tenho todo o tempo do mundo.
Afinal, nenhum jovem é realmente jovem se não achar que ou tem todos os amanhãs ou só tem o hoje.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 11:48
domingo, 19 de agosto de 2007
porque sim!
O Diego combinou de encontrar uma amiga, que não via há algum tempo, no Pró-HC que teve aqui em São Bernardo hoje e me chamou pra ir lá também.
Me vesti ao estilo "meio-que-tô-sem-criatividade-no-momento-mas-constando-do-lugar-pra-onde-vou-vou-me-vestir-de-um-jeito-estranho". E fui.
Ai, ai.. O que era aquilo?!
Consegue imaginar um lugar que exala tanta falta de personalidade que você chega à ficar tonto? E olha que não entrei no lugar; falo do lado de fora, ainda ao ar livre. Consegue imaginar?
Não sou preconceituosa e quero muito que as pessoas sejam felizes, independente do que as deixe feliz - respeitando as pessoas, é lógico.
Mas fiquei besta de ver a quantidade de pessoas ali, naquele lugar, fazendo tudo o que a maioria das pessoas julgariam errado só por fazer, e não porque aquilo as faziam felizes.
Esqueci de levar o megafone pra dizer se elas queriam chamar a atenção, que pendurassem uma melancia no pescoço, porque seria muito menos ridículo e muito melhor do que tentar enganar à si mesmo só para que os olhos alheios achassem que aquilo eram elas.
Enfim, foda-se.
Começou a porra do show e aquele monte de adolescente sem persolidade - tá, eu sei que não dá pra generalizar - entrou. Lá fora? Fiquem os bons!
Voltando à indéia inical do post (e que também deveria ser a central), eu resolvi me revoltar.
Sim, sim, hoje estou revoltada.
Decidi fazer um post pra ele mesmo que hoje não seja um dia "especial" (o que, ao seu lado, realmente não existe).
É verdade que eu já não sei o que seria de mim sem a certeza de te ter por perto.
Se ontem eu disse pra todo mundo - inclusive pra mim - que só me apegaria a alguém até uma certa distância, hoje eu não vejo nada além de você. Não vejo nada entre nós.
E embora eu não saiba o que o amanhã reserva para nós, ouso dizer que se você não estiver comigo até lá, haverá um mundo a menos em meus olhos.
Aquele onde não existe amor sem sinceridade. Onde não existe ar sem você.
Aquele melhor de mim.
Te amo.
Hoje mais do que ontem.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:59
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
ação e reação
Percebi outro dia que talvez os meus conselhos não sejam tão bons quando se trata de um caso de longa data. É, talvez os meus conselhos para levantar a alto estima e dar a volta por cima não valham nada quando o namoro dura três ou quatro anos. E acho que isso acontece porque eu nunca namorei tanto tempo e não sei como é.
Ainda assim, a gente tenta ajudar quem tá mal. Sempre tenta.
O tempo sempre foi e sempre será o melhor remédio.
Chore, chore muito mesmo e não se importe com isso, pois cada lágrima que você chora é um pouco dele que vai embora.
E você não pode evitar que isso aconteça. Não pode ficar sofrendo por uma atitude que ele tomou. Você merece muito mais, você merece ser feliz.
Ação e reação.
Porque por mais que a falta de experiência fale alto, a vontade de dizer pras pessoas que eles valem muito sempre acaba gritando.
Não é porque uma pessoa não veja o seu valor que você não valha nada.
Força e coragem.
Sempre.
[E afinal de contas, quer ser meu ribossomo?]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:09
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
terça-feira, 7 de agosto de 2007
againandagainandagain
E voltamos ao velho "snapshot tequila".
É, esse é o nome do layout.
E agora terei que ajustar todas as coisas e fotos que estavam ajustadas nesse layout e eu desajustei pra ajustar no outro layout, de novo.
Pois é, indecisão sempre foi meu problema.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:58
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
crítica/cria/ação
Eu não quero meu cabelo arrumado.
Não gosto de pente, chapinha, secador - exceto quando está frio - e bater cartão no cabelereiro não é meu esporte favorito.
Eu não quero roupas de marca. Quero roupas das quais eu goste, que façam meu estilo, não importa o quanto eu paguei por elas. Quero aprender a costurar minhas próprias roupas.
Quero saber cozinhar.
Não quero fotos no orkut que me vendam por aí.
Quero uma máquina fotográfica para guardar ao alcance dos olhos - abertos - os dias bonitos e as dores que sempre vêm pra me ensinar alguma coisa.
Quero sair por aí sem rumo, sem hora pra voltar e sem nada pra me preocupar. Sem preocupar ninguém.
Quero fazer piercings. Sim, no plural. E porque não? A vida sempre me impõe cicatrizes com as quais eu tenho que aprender a conviver. Tudo o que fiz e que vivi me tornaram a pessoa que sou e, acreditem-me, não é um ou dois ou três furos que me farão ser diferente. Porque eu não posso me "pôr" cicratrizes com as quais eu adoraraia conviver?
Já dizia o pequeno príncipe "só se vem bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos". Seria tão difícil assim me aceitar se eu fosse assim, mais como eu quero ser e menos como você quer que eu seja?
Queria fazer moicano. Tingir o cabelo de uma cor gritante.
Quero mudar.
Mudar de atitude, de lugar, de cidade, estado, país. Quero conquistar o mundo, o meu mundo, do jeito que ele é.
Quero estampar em mim quem eu sou e dizer para aquelas pessoas que eu sei que me olhariam feio que eu não preciso delas; o que os outros pensam e acham de mim nunca me fez mudar.
Ser quem sou, acima de tudo. Dizer pra mim - e pra quem quiser ver ou ouvir - quem sou. Parar de mentir pra mim e de enfiar o que vejo no espelho goela abaixo todo dia.
Tem alguém querendo fugir de dentro de mim.
Opa! Olha só!?
Sou eu mesma sem censura e nem meias palavras.
Então me deixe ir. Pra lá, pro meu lugar.
Porque o mais importante é que você saiba que não importa onde eu esteja, pra onde eu vá ou com o que eu pareça, você sempre estará comigo.
Independente de achar isso ora uma coisa boa, ora uma coisa ruim.
O que os outros pensam de mim não me interessa.
Já imaginou o que seria de mim se me interessasse?
Já imaginou como eu seria?
Seria realmente um bom motivo pra você fazer uma tempestade e afogar o que somos lá dentro? Seria mesmo um bom motivo pra você não querer olhar pra mim? Seria mesmo tão difícil me amar assim?
O fato é que não importa o quanto você tente afastar de mim a minha vontade de ser mais eu, com todos os prós e os contras que isso poderia trazer. No final, tudo o que você consegue é me sufocar pra continuar me vendo assim e dizendo que sim, eu sou como você quer. Pra continuar dizendo pros outros que eu não poderia ser melhor.
[Eu não poderia ser melhor pra você mas queria ser melhor pra mim.]
Ceder.
Porque só eu tenho que fazer isso por você?
Seria tão difícil não me odiar se eu dissesse que estou fingindo e que não quero mais atuar?
Um dia você me olhou nos olhos e disse "incondiconalmente". Não tenho tanta certeza desde que descobri que o que eu sou lhe incomoda.
Espero que você esteja feliz e que aproveite essa sua felicidade baseada em fatos imaginários.
Porque um dia eu vou querer ser eu sim e se isso não for possível ao seu lado, então será longe de você.
[Tem horas que o que menos importa é saber se os outros estão preparados para o que você vai dizer.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 00:40
segunda-feira, 30 de julho de 2007
perfeito;
em qualquer temperatura, com qualquer tempero.
Na sexta ele me chamou para ir ao Happy Hour/despedida de alguém que ia embora (a Paulinha, descobri depois) com ele.
Graças à falhas na comunicação, eu o fiz chegar atrasado. Mas chegamos, é isso que importa.
Estava frio lá fora e divertido lá dentro. Adoro conhecer pessoas novas, principalmente quando elas são legais. Descobri lá que a balada na qual pretendíamos ir era "não tão boa" de sexta.
- Então tá, a gente deixa pra ir amanhã. Ei, você! Quer ir para Paranapiacaba com a gente amanhã? A gente vai de manhã e a noite vai na balada.
- Maravilha!
Sábado acordamos tarde. Cansaço acumulado, ele disse. Da parte dele, obviamente.
Comprar:
- chacaça de cambuci;
- sapatinhos de bebê (um pra menina e um pra menino);
- nhoque de abóbora que a mãe pediu.
Só isso? Só isso. Então vamos.
Ida sem pânicos e (quase) sem erros. $10 de estacionamento (p****!) porque o cartão da Porto Seguro estava vencido e eu não sabia. Estacionamento gigante, "vamos marcar bem o caminho porque a noite fica fácil se perder".
AQUELE frio. Nada que não pudéssemos suportar.
Chegamos, entramos, sentamos, comemos. O que? Capeletti - sejá lá como se escreva - de queijo com porpeta recheada. Muito, mas muito bom, por sinal.
Ao sair, AQUELE frio permanecia, AQUELA neblina havia chegado e AQUELA chuva tinha começado. Atravessamos a 'rua', compramos capas de chuva - que ficou curta nele, por acaso - e fomos procurar a Feira Livre do Vinil. Demos a volta no lugar - isso porque Paranapiacaba é minúscula -, não achamos a feira e acabamos no mesmo lugar, ensopadíssimos, tomando o melhor chocolate quente do mundo, com o melhor bolo floresta negra do mundo, rindo da conversa do sabichão sentado na mesa ao lado, fazendo caretas, tirando fotos e ficando assim... Assim, sabe?!
Quando finalmente tomamos coragem, fomos embora. O ponto de ônibus parecia mais longe a cada passo, a chuva piorava cada vez que eu piscava e eu me sentia cada vez mais congelada a cada batida do meu coração. Dedos, nariz, orelhas? Já nem os sentíamos mais; mentira. Eu sentia a mãe dele junto à minha.
Chegamos no ônibus e antes que pudéssemos nos aquecer um pouquinho só, o ônibus chegou no estacionamento.
Ah, o estacionamento! Quem ja foi para Paranapiacaba sabe que ele é 90% terra e que, quando chove, obviamente ele se torna 90% barro.
Andar até o carro nos custou muito barro no pé, muita chuva na cara e ficar atolado muitas vezes - atolado, no masculino, porque ele ficou mais do que eu.
Cheguei no carro e o olhei vindo; ele demorou um pouco mais. Junto conosco havia um casal, sem capa nem guarda-chuva, que não sabia onde tinha deixado o carro. Ele dizia para ela "eh, amor! Esse passeio vai ser inesquecível!"
Entramos. Tirei uma das minhas três blusas e dei pra ele sentar em cima, pra não molhar o banco (as outras duas eram bastante quentes).
E eu? Tirei a calça e fui dirigindo de calcinha. Calça jeans molhada é muito gelada e o frio que eu passaria com ela seria muito maior do que se eu estivesse sem ela. Para minha sorte, no banco de trás havia um blusa de uma lã muito grossa que eu coloquei no colo. Só passei frio da canela pra baixo - e nós pés também porque eu estava dirigindo só de meias porque.
Saindo de lá o carro atolou no barro - com alguma manha que eu não tinha, consegui tirá-lo de lá -, o farol baixo não funcionava e eu não sabia o caminho de volta.
Mas conseguimos voltar. E confesso que apesar de eu sempre me perder, nem foi tão difícil.
Chegando em casa, roupas na secadora, pijama no corpo e corpo embaixo de cinco cobertas. A balada foi, literalmente, por água abaixo.
Mas quem se importa? No quentinho, com a melhor companhia que alguém pode ter, não há com que o se importar.
Domingo acordamos tarde, compramos as coisas para fazer hambúguer, demos boas risadas com a minha mãe.
Depois houve uma tentativa falha de fondue, salva pelo vinho que era muito bom, e voltamos pra debaixo das cobertas, ver filme.
E o dia terminou bem.
Como terminam todos os dias com você.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 16:17
quinta-feira, 26 de julho de 2007
silêncio...
...; a gente engole o que tem vontade de dizer.
Usar o cérebro é um luxo.
Acho até que é algo quase inacessível e, por isso, apreciado por poucos e colocado em práticas por muito poucos - lembrem-se que o mundo é habitado por 6 bilhões de pessoas.
A verdade é que é muito fácil conviver consigo mesmo, com as suas manias, com os seus hábitos, com as suas idéias. Difícil mesmo é conseguir conviver em paz com alguém quando as idéias dessa pessoa - e a pessoa em si - divergem imensamente do tudo o que você é, pensa e faz.
É certo que quando você não se entende com alguém, você deseja que essa pessoa fosse um pouco (ou muito!) mais parecida com você. Mas devo admitir, apesar de toda a irritação e dor de cabeça, que não há nada mais divertido que as diferenças.
Imagine só o quão chato seria o mundo se todos fossem iguais a você?
Saber lidar com todos os tipos de pessoa é realmente uma virtude. São aquelas pessoas que eu custumo chamar de "diplomatas"; pessoas que pertencem a um grupo seleto ao qual eu não pertenço.
Verdade seja dita: tô estressada com um certo alguém.
Mas tudo bem, daqui a pouco passa; tudo é passageiro - exceto o motorista e o cobrador, é claro.
[Piadinha infame só pra descontrair.]
Tudo passa por mais que não pareça.
[Passem dias, passem...]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:06
domingo, 22 de julho de 2007
être
Ele dizia que gostava mesmo era deitar ao lado dela e se cobrir com as mesmas cobertas que ela. Depois, devargarzinho, ia colocando o seu pé junto ao dela.
Era aquele carinho simples que fazia com que ele soubesse que estava em zona desmilitarizada, por pior que tivesse sido o dia e por mais que eles tivessem brigado.
Fazia tempos que ela pensava nele. Não como antes.
Pensar.
Pensava que ele nunca a esqueceria. Pretensão? Não. Apenas certeza de que tinha sido, no mínimo, a primeira a inventar aquele papel.
Aquele pelo qual ele se apaixonou mas teve medo de dobrar e guardar no bolso - e saiba que o tamanho era bem propício.
Passou um vento - ou alguém passou uma vassoura, ainda não inventei essa parte - e levou embora os olhares, os toques carinhosos e descompromissados, os abraços, os beijos e até mesmo as vozes.
Teria sido real mesmo?
Ainda que não saiba exatamente o que ela seja ou para que tenha vindo, ela vai ficar na memória simplesmente por ser. Por ser e estar.
Engraçado.
Uma coisa que o vento não levou - e nem poderia! - foi a internet. Ela fez com que se formasse entre eles algo que, por mais sutil que seja, é real.
Ele fica ali. Ali, em algum lugar - que ela julga ser tão real quanto Plutão; ele e o lugar onde habita. Ele existe, eu suspeito.
E ela fica aqui. Ela existe, tenho certeza. Ou não.
Quando lhes dá vontade, eles escrevem; isso eles tinham em comum. Possivelmente seja isso que os una e eles não saibam.
Enfim, o que acontece é que ele escreve; ela escreve.
Nada particular, eles jogam tudo por aí, pelo universo. Aí ele procura por ela, sem que ela saiba, e descobre as coisas pelas quais se apaixonou e pelas quais a odiou. Talvez fique triste por ver o que perdeu ou fique feliz justamente por ter perdido.
E ela faz o mesmo. Até quando não tem vontade. Para tentar entendê-lo ou para criar coragem de dizer que ela também não esqueceu dele, ao menos não pra sempre; para admitir que ele também inventou um papel que ainda não tinham inventado. Um papel que mesclava o vazio do coração com a imensidão da mente ou talvez o vazio da mente com a imensidão do coração; acrescido de alguns milhares de segredos e desejos escondidos dentro de um olhar. Um papel dele, consequentemente irritante, intrigante e initeligível. Mas ainda assim original; nos prós e nos contras.
Era ali, na frente do computador, que eles liam as cartas escritas para serem lidas, mas jamais entregues e que faziam com que os pés deles se tocassem.
Os pés; em algum lugar do espaço real ou virtual.
[O filho bastardo.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:48
quinta-feira, 19 de julho de 2007
velhas palavras
É velho e é bobo. Mas fui eu que fiz e, relendo agora, até que eu gostei.
Sobre o meu dia?
Estranho o modo como você me faz sentir
Às vezes a tristeza bate fundo
Quase que me faz cair
Mas não, eu sou forte, eu sei
Eu sei que posso, eu sei que sou capaz
Difícil é aceitar, fingir que eu não errei
Poder seguir sem culpa e sorrir ao olhar pra trás
Eu não consigo
Disso, eu não sou capaz [e nem quero ser]
Porque de repente eu devo fechar os olhos
E não pensar em ninguém além de mim?
Não entendo essa coisa de "curtir"
Não adianta, nunca fui assim
Ouvir a sua voz me faz muito bem
Mas me faz desejar mais do que isso
Bobo, mas eu queria um abraço também
E aí eu acordo e você some
Sem deixar pistas, simplesmente desaparece
E eu não sei o que faço,
Não sei aonde lhe procurar quando amanhece
Não queria que fosse assim
Mas não posso mudar nada,
Não depende de mim
E mesmo os meus pensamentos
Aqueles que não queriam estar aqui
Saboreiam os momentos que nunca existirão
Enquanto eu vejo você passar
E deixar sensações estranhas na minha imaginação
Mas esse momento é meu
E tudo que eu sinto agora
Cada bobagem que passa na minha mente
Cada tarde perdida à sua espera
Cada vez que me sinto carente
É tudo meu
E eu sou assim
Sofro, choro, amo, sorrio
E não me arrependo depois
Porque é o sentir que me faz viver
E é vivendo que eu aprendo
E é conversando com você
Que eu vou descobrindo
Que cada dia que passa eu amo mais,
Amo aqueles que não me fazem sofrer.
Hoje, procurando algum canal que trasmitia os jogos do pan, encontrei (em um desses programas vespertinos fúteis e que eu tanto odeio) um moço ensinando a desenhar mangá.
Eu gostei da idéia e aí eu fiquei assitindo e depois fui tentar fazer. Nem ficou tão feio; dá uma olhada...
O único problema é que eu não sei fazer um bonequinho de outro ângulo ou com outra expressão...
O da esquerda é "antes da borrachinha do paint" e da direita é depois dela.
E vale ressaltar que:
- essa coisa que deveria ser o nariz, não é o nariz. É - ao menos era pra ser - a sombra do nariz;
- isso na minha cabeça não são chifres nem orelhinhas. Só o meu cabelo (que eu nunca penteio);
- sim, era pra ser eu;
- sim, eu sei que ficou parecendo um menininho...
- não, eu não quis fazer outro.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 03:16
terça-feira, 17 de julho de 2007
domingo, 15 de julho de 2007
por ontem
Tudo o que eu diria se a boa convivência não falasse mais alto.
Fazia meses que eu não a via. Aquela amizade intensa e generosa, que tinha espaço pra todos, se transformou em algumas conversas descompromissadas casualmente.
Culpa do afastamento que o fato de eu ter mudado de escola provocou? Ou culpa do fato de ela não ter mudado comigo? Falta de tempo? Falta de interesse? Falta de coragem?
A verdade que os amigos de verdade sempre permanecem, não importa o que aconteça.
Não importa o que aconteça.
Como eu acho que está difícil de entender, me explicarei (um pouco) melhor.
História nem um pouco incomum.
Ela ficou com um carinha, começou a gostar dele, disse que era recíproco, se apaixonou.
Ela gostou e deixou que ele fosse ganhando espaço. E ele foi.
Dominou primeiro o coração, depois os dedos - aquela história de aliança - e e partiu para o pensamento. Ela não pensava em outra coisa a não ser nele. Não falava de outra coisa a não ser dele. E quando estava quieta, não rabiscava outras coisas que não fossem corações, "love", "forever", "te amo"; coisas do gênero.
Com a distância, tudo piorou. Telefonemas não existiam mais e encontros então; luxo. Tudo era "vou chamá-lo" ou "vou pedir pra ele". Peraí! Ele é seu namorado ou seu dono. E se ele fosse, ela não ia. Se ele não deixasse, ela não ia. E foi assim que fomos parando de nos ver.
Ela passou a ser uma amiga virtual. Na verdade, nem virtual mais.
Cosniderando as atuais circunstâncias e a falta de paciência para com a falta de identidade - dela - e dos velhos assuntos - ele; seeeeempre ele -, pedi para o msn não me mostrar mais online para aquela pessoa.
Estar ou não estar online, que diferença fazia? Nenhuma.
Ela se tornou apenas uma boa lembrança. E o pior: porque ela quis.
O único amigo dela é aquele a quem ela chama de "amor". Não que eu não deseje a felicidade dela, mas acho que permitir que o seu mundo se resuma à uma única pessoa não é algo muito inteligente.
Não é algo que eu entenda e aceite com muita facilidade.
Mas tudo bem, eu sei que tem muita gente que tem que permitir que lhe tirem sua identidade e autonomia para aprender a dar valor à elas; dar valor a si próprio.
Tem gente que só aprende errando, muito feio e muitas vezes.
Então eu não interferirei nas decisões dela. Sei que dificilmente essa pessoa vai ler esse texto - ela muito provavelmente nem sequer lembra que esse blog existe (isso porque dizia que adorava as coisas que eu escrevia). Ficarei apenas observando e pensando que, apesar de ela ter desisitido de todas as amizades por um motivo besta (porque namorados vão e vêm, mas amigos ficam pra sempre), eu vou estar aqui quando ela precisar de mim. Não por "sermos amigas hoje", inclusive porque, lamento ter que admitir, isso não é verdade; mas pelo que fomos um dia.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 14:08
quinta-feira, 12 de julho de 2007
12 de agosto de 2007
Falta um mês.
Mas já que não vai fazer diferença, nem hoje, nem amanhã, nem daqui um mês, nem daqui um ano nem nada, quem se importa?
Ás vezes surgia nele aquele sentimento de "vou morrer em 5 minutos". Era quando ele pensava como gente, pensava no que tem que pensar: na vida, nas pessoas da sua vida, nos amores, no amor, em como viveu, como as pessoas se lembrariam dele; quem pararia tudo para ir até seu enterro se despedir dele e se ele agiu decentemente a tal ponto de merecer ser lembrado.
Só naqueles 5 minutos ele era um ser humano.
No resto do tempo era apenas mais um desocupado pessimista com mania de perseguição, que não tinha o que fazer e que desejava tanto mal para as pessoas que fariam sua vida valer a pena que seu próprio veneno era a causa de sua morte.
Cada vez que ele se esquecia de viver, de agir mais do que pensar e de pensar apenas no que era importante, ele matava um pouco de si.
Era uma pessoa tão ruim que não precisava da ajuda de ninguém para isso.
Nada do que eu sentisse por ele, nem mesmo ódio, faria diferença na sua vida e na sentença para a qual ele caminha.
Nessa segunda que passou aquele passado fez 5 anos.
Porque não dói mais aceitar que tudo o que escrevi é verdade e que seus telefonemas não me fazem falta.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 01:14
segunda-feira, 9 de julho de 2007
das coisas dela
Sorria sempre. Mas ninguém sabia se de alegria ou de desespero.
Aquele dia-a-dia todo dia, o sol que nascia sem que a manhã surgisse pra ela, o sol que ia embora levando aquilo que fazia seus olhos mais verdes e seu sorriso mais singelo, as pancadas das complicações de todo dia, as pancadas das pessoas todo dia, o mundo que caía e ela, que nem podia cair também, foram tornando-a translúcida, quase transparente.
Confesso que ela até queria cair junto com o mundo; mas não o fazia.
Era impressionante como aquilo - que nem eu e nem ela sabemos explicar o que é - a mantinha de pé.
Pra quê?
Não sei. Não sabemos. Vai ver exista um plano misterioso e luminoso pra cada um de nós e saber que ele existe arruinasse tudo.
Sorria; concordava as vezes, sorria sempre.
As idéias dentro dela tomavam proporções jamais vistas e todas aquelas coisas que ela deixava pra falar depois faziam com que seu corpo se tornasse muito pequeno.
Nenhuma mulher merece viver num corpo de menina.
Pensava. E isso era tão cruel, tudo era tão cruel, que num dia (que ela não sabe qual era) ela se pôs antes do sol e não nasceu mais.
Teria ido para um lugar melhor? Um lugar onde sorrir fizesse sentido e os dias fossem daquele jeito que ela sabe que merecia?
Ainda que fosse quase transparente, sua presença era especial e saber que podia contar com ela era reconfortante.
Seria egoísmo da minha parte aceitar o conforto de alguém que se sentia perdido no mundo, incomodado por ele?
Ela Sorria.
Isso bastava.
[Isso basta?]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 21:57
sábado, 7 de julho de 2007
conceito inicial
Um dia desses - faz muito tempo - fui ao Poupatempo tirar outra "permissão para dirigir" porque havia perdido a minha em algum lugar que, se eu soubesse, não teria ido ao poupatempo tirar outra.
Considerando que eu sou meio loira, que era muito cedo e que eu sou muito perdida, fui pedir informação.
Chegando no balcão de informações, um homem veio me atender. Veio com os braços atrofiados, à mostra. Algo não muito bonito de se ver.
Eu fiquei olhando pra ele, para o rosto dele, evitando o máximo possível olhar para os braços.
Não tenho preconceito. Na minha opinião, o caráter de alguém não pode ser visto; é preciso mais do que olhos para se conhecer alguém.
Acho que ele percebeu que eu não achei muito bonito.
"Hey, moço! Eu não tenho nojo de você, apenas prefiro conversar com você estando de olhos fechados."
Preconceito.
Finalmente eu entendi como essa porcaria funciona.
E é muito simples!
Basta você se imaginar de olhos fechados. Imagine que chega alguém na sua frente e diz "eu sou negro" e começa a conversar com você. Aquela primeira frase fará alguma diferença para você?
Se a pessoa tivesse dito algum tipo de deficiência, uma classe social qualquer, uma religião com a qual você não simpatiza muito; todos os tipos de pessoas que você puder imaginar. Saber de onde elas vêem, sua aparência ou no que acreditam fará alguma diferença para você?
Preconceito.
Não é difícil; apenas estúpido.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 01:24
terça-feira, 3 de julho de 2007
procura do presente perfeito
Nenhum presente, por melhor que seja, chega aos pés do melhor presente que já ganhei.
Hoje?
Meia dúzia!
[Cada dia mais.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 22:41
domingo, 1 de julho de 2007
palavra grande
Quanto será que vale estar com ele.
Velho e feio, mas rei do castelo. Os empregados.
Será que vale um dez?
Será que o meu corpo, a minha inteligência e o meu amor próprio são menores do que qualquer nota no boletim?
E de quem é o erro?
Deles, que usam a sua posição para me usar, ou minha, que uso o meu corpo para conseguir algo que só necessita inteligência?
Porque nesse mundo, por mais que a gente não acredite, muita coisa asquerosa acontece enquanto conversamos.
Culpa de todos.
Nossa, que ficamos conversando.
Deles, que se acham no direito de usar a profissão para obter diversão.
E delas, que não se dão ao respeito ou que acham bonito tirar uma nota alta estudando apenas anatomia humana de humanos abusados.
[Escola é onde a gente aprende palavrão.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:59
quarta-feira, 27 de junho de 2007
capitães da areia
[Clique nas fotos para ampliá-las.]
Já faz alugm tempo que li o livro e que disse que depois comentaria sobre ele aqui no blog.
Antes tarde do que nunca? Talvez.
De qualquer maneira, cá estou.
Minha intenção inicial era falar do livro, mas terminei por falar das crianças de rua. Considerando que o livro fala sobre elas, ainda está valendo.
Começemos do começo; aí vão as minhas fontes de inspiração.
Segue trecho do livro de Jorge Amado.
"A criada, que lhe trouxera o prato cheio, dissera mirando as ruas, o sol de inverno, os homens que passavam sem capa:
- Tá fazendo um dia lindo.
Essas palavras foram com Pirulito pela rua. Um dia lindo, e o menino ia despreocupado, assoviando um samba que lhe ensinara o Querido-de-Deus, recordando que o padre José Pedro prometera tudo fazer para lhe conseguir um lugar no seminário. Padre José Pedro lhe dissera que toda aquela beleza que caía envolvendo a Terra e os homens era um presente de Deus e que era preciso agradecer à Ele. Pirulito mirou o céu azul onde Deus devia estar, agradeceu num sorriso e pensou que Deus era realmente bom. E pensando em Deus pensou também nos Capitães da Areia.
Eles furtavam, brigavam nas ruas, xingavam nomes, derrubavam negrinhas no areal, por vezes feriam com navalhas ou punhal homens e polícia. Se faziam tudo aquilo é que não tinham casa, nem pai, nem mãe, a vida deles era uma vida sem ter comida certa e dormindo num casarão quase sem teto. Se não fizessem tudo aquilo, morreriam de fome porque eram raras as casas que davam de comer a um, de vestir a outro. E nem toda a cidade poderia dar a todos.Pirulito pensou que estavam condenados ao inferno.
Pedro Bala não acreditava no inferno, Professor tampouco; riam dele. João Grande acreditava era em Xangô, em Omolu, nos deuses dos negros que vieram da África. O Querido-de-Deus, que era um pescador valente e um capoeirista sem igual, também acreditava neles, misturava-os com os santos dos brancos que tinham vindo da Europa. O padre José Pedro dizia que aquilo era superstição, que era coisa errada, mas que a culpa não era deles.
Pirulito se entristeceu na beleza do dia. Estariam todos condenados ao inferno?
O inferno era um lugar de fogo eterno, um lugar onde os condenados ardiam uma vida que nunca acabava. E no inferno havia martírios desconhecidos mesmo na polícia, mesmo no reformatório de menores. Pirulito vira há poucos dias um frade alemão que descrevia o inferno num sermão na igreja da Piedade. Nos bancos, homens e mulheres recebiam as palavras de fogo do frade como chicotadas no lombo. O frade era vermelho e de seu rosto pingava o suor. Sua língua era atrapalhada e dela o inferno saía mais terrível ainda com as labaredas lambendo os corpos que foram lindos na terra e que se entregavam ao furto, ao manejo do punhal e da navalha. Deus, no sermão do frade, era justiceiro e castigador, não era o Deus dos dias lindos do padre José Pedro. Depois explicaram a Pirulito que Deus era a suprema vontade, a suprema justiça. E Pirulito envolveu seu amor a Deus numa capa de temor à Ele e agora vivia entre os dois sentimentos.
Sua vida era uma vida desgraçada de menino abandonado e por isso tinha que ser uma vida de pecados, de furtos quase diários, de mentiras nas portas das casas ricas. Por isso, na beleza do dia, Pirulito mira o céu com os olhos crescidos de medo e pede perdão a Deus tão bom (mas não tão justo também) pelos seus pecados e os dos Capitães da Areia. Mesmo porque eles não tinham culpa.
A culpa era da vida..."
Abaixo, resolvi transcrever o artigo "Retrato de um Brasil Injusto", de Washington Araújo, que achei, por acaso, na internet.
"'Eles estão na Praça da Sé, em São Paulo, mergulhando nas fontes da Glória, no Rio de Janeiro, e nos sinais de trânsito de Brasília. Estão em todos os lugares, como se fossem onipresentes, a estampar seu uniforme: roupas encardidas, literalmente descamisadas, brincando em volta de uma árvore, adormecidos em um banco de praça. Esse é o retrato de um Brasil que luta para chegar ao Primeiro Mundo.'Com a crescente preocupação dos organismos internacionais, o Brasil viu-se na liderança dos países com a mais cruel estatística, aquela que aponta para o imenso número de menores exterminados, os meninos de rua que, sem cerimônia, nos oferecem a verdadeira realidade brasileira: miséria e fome, ante-sala nacional da delinqüência. O drama dos menores abandonados é uma ponta do nosso iceberg social.São cerca de 4.000 crianças de rua assassinadas por ano no Brasil. A angústia de nossos "meninos do Brasil" foi bem sintetizada nesses versos de Ângela Diniz Dumont Teixeira: "Sou cidadão de que país?/ Sou herói de qual história? / Que bandidos terão roubado meu direito de viver minha vida de menino?". Enquanto não olharmos o rosto de um menino de rua como se fosse o rosto de um filho nosso, continuaremos a assistir uma tragédia que mata diariamente um pouco do Brasil.
Uma recente pesquisa do governo federal sobre moradores de rua no Brasil apontou para os seguintes números: 20.000 pessoas moram nas ruas em 17 capitais. Nesse número não estão inclusos os desabrigados do Rio de Janeiro e de outras 9 capitais brasileiras. Somente na capital paulista, 10 mil pessoas vivem ao relento. A pacata Niterói tem 0,3% de sua população vivendo a céu aberto; são 1.300 desabrigados. Outros dados nos fazem aprofundar a questão. Desses desvalidos, 85% são homens, a idade média é de 37 anos, sendo que 40% vivem de caridade.
Um país com tantos recursos naturais, blindado - até hoje - contra terremotos e furacões e com um povo sempre visto como solidário, certamente não deveria conviver com números dessa magnitude. Pra variar, o grande vilão continua sendo a perversa má distribuição de renda que temos. Ter abrigo, antes de ser um direito humano, é também um direito dos bichos, dos animais. Voltaremos ao assunto."
Essencial.
Eu, a princípio, iria discorer apenas do livro. Mas procurando uma foto - que teria de ser chocante -, resolvi incluir também o artigo.
Essenciais.
Ambos (o livro e o artigo) nos fazem pensar um pouco em como as crianças de rua não são crianças de rua porque quiseram ser, mas porque essa condição lhes foi, de alguma forma, imposta.
É uma coisa banal na qual nunca pensamos quando vemos uma dessas crianças.
Me fez pensar que elas não merecem grande parte dos olhares, das palavras ou mesmo dos pensamentos que lhes são dirigidos.
Me fez lembrar que elas ainda são crianças - você também se lembra disso quando vê alguma delas? Ou, assim como a maioria, você já as tachou de "marginais"?
Crianças.
Não sei se é assim para todos, mas essa palava me sugere algo suave. Algo despreocupado. Algo que depende de nós e cujo futuro pode mudar o mundo. Faz com que eu ouça risadas e músiquinhas de brincadeiras de roda.
Crianças; elas gostam de brincar, de atenção, de carinho, de aprender coisas novas. Aquelas que sentem algum prazer em furtar ou xingar, o sentem apenas porque essa é a única coisa à qual têm acesso.
Termos a sorte de poder desfrutar de alguma estabilidade financeira não nos dá o direito de achar que temos o direito de não nos misturarmos com elas. Muito provavelmente é o fato delas estarem ali que dá estabilidade financeira à alguém já abastado.
Não podemos esquecer que elas também são seres humanos. E que merecem ser tratadas como tal. Dormir na rua, não ter o que comer, não ter carinho ou alguém que lhes ame e dê um mínimo de atenção faz com que até essas crianças esqueçam que são seres humanos. E como explicar para elas que estão erradas?
Criança precisa de tempo para sorrir. Para ser criança.
E nós não podemos nos fechar num mundinho nosso e esquecer que elas existem e que precisam de nós.
Estarem aonde estão, viverem como vivem, não foi uma opção.
Não devemos agir com elas como se elas tivessem escolhido aquela vida.
Começo a achar que a palavra "criança" deveria mesmo era me sugerir algo triste; digo, algo real. Deveria me sugerir a dificuldade de ser criança e ter que agir como homem ou mulher.
Deveria me sugerir.
Deveria?
As vezes até dá para entender porque as pessoas não fazem nada por essas crianças e a maioria absoluta prefere nem sequer pensar nelas.
Imagine o que seria da sua vida se você tentasse resolver os problemas de todas essas crianças?
O grande erro das pessoas - e confesso que, por enquanto, me incluo nesse grupo - está em realmente acreditar que enlouqueceria; mas o que não nos damos conta é que enlouqueceríamos se tentássemos sozinhos.
Podemos mudar o mundo. Desde que esse seja um ideal de todos.
[Tente fazê-lo entender o que é ser criança.]Definitivamente, o post que me deu mais trabalho.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:26
terça-feira, 26 de junho de 2007
ciranda
[As piores guerras se fazem em silêncio.]
Era uma grande interrogação pra mim então pedi a opinião dele.
Todo aquele passado/presente sem futuro fez com que de repente o ar se enchesse de um silêncio sufocante, numa sala onde toda a chateação era liquida e tão volumosa que dominava o chão e vinha bater nos nossos joelhos. E tudo o que se ouvia era o som de palavras jamais pronunciadas.
Foi nessa hora que o tempo decidiu não passar.
Eu queria sair, eu queria correr, eu queria fugir.
Mas o tempo não passava e a hora de vir embora não chegava.
Pela primeira vez em séculos não tive vontade de ouvir música ao voltar.
Não tive sequer vontade de voltar.
Mas voltei.
Voltei.
E se a vontade inicial era dizer "oi, tudo bem?", agora tudo o que eu quero é me esconder.
Ainda caibo aí dentro do seu casaco com você?
Ainda posso caber?
Não tente me entender.
Nem eu me entendo.
Porque agora eu sei que se ele disser que gosta de tudo o que eu escrevo, vai estar mentindo. E também sei que terá medo das minhas palavras e da possibilidade de estarem escondendo fantasmas de gente morta atrás de uma melodia charmosa.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 20:58
quarta-feira, 20 de junho de 2007
minha praia
Tá difícil.
Porque lhe amo tanto?
Nunca achei ser possível tamanho sentimento em tão pouco tempo!?
Nem achei que três ou quatro dias teriam proporções tão grandes.
O tempo não passa, se arrasta.
E por mais bonito que seja, poderia ser melhor.
Quando você chega, meu mundo se ilumina.
O que sinto por você é mais imenso que o mar.
O ar não é tão bom de respirar quanto quando dividido com você.
A brisa quente não me aquece tanto quanto seu abraço.
E os coqueiros... Bom, é inevitável pensar que você é mais alto; e que, piadinha infame à parte, me sinto protegida - ou não, pensando que um coco pode cair na minha cabeça a qualquer momento - quando você está por perto.
[Porque só com você o mundo fica completo.]
Saudade.
Muita saudade.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 20:21
segunda-feira, 18 de junho de 2007
blah
Me pegunto se tudo o que faço, faço por que sou corajosa ou porque sou extremamente covarde e me escondo atrás de uma atraente e bem bolada máscara.
Ou seria um espelho?
O reflexo do que você é?
O reflexo do que você quer?
Lhe faço lembrar de algum sonho?
Lha pareço com alguém de quem você gosta muito?
Alguém de quem você já gostou?
Lhe intrigo?
Lhe faço querer mudar?
Lhe faço querer?
Lhe faço me querer?
Me transformo em um desejo seu que nem você conhecia.
Sou presença forte e simples.
Sou forte.
Sou prensença, ainda que não saiba quem sou.
Sou fiel.
Sou tudo; mas só para os que merecem.
Sou eu fugindo ou refletindo. Lhe refletindo, me procurando.
Me perdendo.
Descobrindo.
Assim mesmo, de forma desconexa e insana.
E o sentido? Que me importa? Que eu esteja no sentido errado e que nada faça sentido, sempre gostei de andar na contra-mão.
Por isso você me vê.
A diferença entre nós é que se eu não sei o que fazer, eu simplesmente faço sem medir as consequências.
Faço, caio, aprendo, cresço, faço de novo, me lasco, erro, peço perdão, sorrio e continuo a viver.
História pra contar.
Sensações.
Paixões, passados e presentes.
Futuro; olho pra frente. Sempre em frente.
O que acontece é que hoje, olhando ao meu redor, percebi uma lata de lixo aqui por perto.
Cheia de passado e decepções.
E não sei porque essa lata estava aqui; se porque fui forte o suficiente para seguir em frente sem olhar para trás e deixar no chão aquilo que me levava pro chão ou se não tive coragem de carregar comigo as minhas dores.
Talvez carregue comigo, mas não ao alcance dos meus olhos nem das minhas mãos. Nem do meu coração.
Carrego comigo em algum lugar que eu só consigo alcançar quando o tempo me deixa.
O tempo.
Me deixa.
Me deixa que hoje eu tô de bobeira.
Bobeira pra mim é viver de passado. Quem vive de passado é museu.
Então a gente esvazia a lata e mantém a mente vazia, pra começar de novo - mas não do zero.
Depois a gente pode mandar a lata pra reciclagem.
Porque o que não nos é útil pode ser útil para outra pessoa.
Que nem esse texto exclamativo, parece não me ser útil mas talvez o seja pra você.
Texto exclamativo e útil. Ou não.
Exclamativo.
Exclamativo?
Interrogação! Indago:
Foi bom pra você?
[ blah: feeling of psychological discomfort. ]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 14:55
domingo, 17 de junho de 2007
keep your mind open
Manter a cabeça aberta para novas idéias. Para novos pensamentos, para novas metas, para novos rumos. E, principalmente, para novos estilos de música - novos, no mínimo, pra você.
Graças ao Bruno Fodão - também conhecido como Bruno Pfefferkorn -, hoje eu fui ao Teatro Municipal assistir a Orquestra Sinfônica de São Paulo; na faixa.
Sempre ouvi, ao menos um pouco, música erudita e hoje tive a sorte de poder ver uma orquestra tocando ao vivo.
Coisa de outro mundo.
[Supimpa!]
Percebi que talvez, quando todos tocavam, tudo ali até parecesse uma grande bagunça, mas uma grande bagunça que me fazia lembrar o oceano.
Cada instrumento dançava segundo a ordem de seus respectivos músicos e pareciam até que se enfrentavam. Se enfrentavam assim como as inúmeras ondas que o vento e a terra fazem surgir, mas que é bonito de ver; fantástico de ouvir.
Hoje descobri que música erudita é a música da alma. Sem concorrentes à altura, e saibam que sou apaixonada por música.
É uma música pura, sem nenhuma letra ou apelação que lhe faça pensar nisso ou naquilo; assim como cada acorde está em harmonia, esse estilo de música busca dentro de nós lembranças ou pensamentos que estejam em harmonia com cada nota tocada, fazendo com que cada sensação seja a mais sincera possível.
É um estilo diferente porque ele não segue as tendências de agitação do mundo; não parece tão atraente como música eletrônica - pra mim, pelo menos -, por exemplo, mas que vale a pena de se conhecer um pouco mais.
E além de não seguir as tendências do mundo, também percebi que é um estilo apreciado por poucos porque são poucas as pessoas que querem saber o que há dentro delas, e menos ainda aquelas que aceitam quem realmente são.
No meio da capital do estado, de uma das mais agitadas metrópoles da América Latina, ali, no Teatro Municipal, algumas centenas de pessoas aceitando parar um pouco de correr e começar a pensar; pensar nelas mesmas.
[Ou dormir.]
Acho que eu deveria fazer isso mais vezes.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 19:33
terça-feira, 12 de junho de 2007
two no more
Merecemos.
Nós merecemos.
Declaração de amor num dia inventado pelos marketeiros para que os comerciantes pudessem ter mais lucro na época do ano em que as vendas eram mais baixas. Quer dizer então que esse dia foi criado para gastarmos. Considerando que estou sem dinheiro - pelo menos até o final de semana -, resolvi improvisar aqui um presente gasto-zero.
E mesmo que esse seja um dia sem muito significado, aproveitarei mais essa "oportunidade" para dizer - de novo e mais uma vez - que amo você; porque nenhuma oportunidade de dizer o quão fantástico você é, o quão feliz me sinto ao seu lado e o quão grande é o meu amor por você passa reto por mim.
Nenhuma.
"Quero que você esteja presente em todas as minhas conquistas."
Já ouvi isso antes.
Mas não com tanta intensidade e nem com tanta sinceridade.
Conquistas.
Suas ou minhas? Não interessa.
Conquistemos.
Conquistemos o mundo.
O nosso mundo.
Conquistemos cada dia mais espaço dentro dos corações um do outro.
Conquistemos um sentido, um rumo e um objetivo só nossos.
Conquistemos e dominemos o espaço que há entre nós e lutemos para permanecer assim, sempre juntos; mesmo que isso não exija muito esforço de nossa parte.
[O mundo fica sem cor quando você não está por perto.]
Que cada dia seja mais nosso, menos meu.
Que a minha felicidade seja a sua também.
Que você sorria comigo todos os sorrisos e que todas as lágrimas não passem de ilusões - e isso também não é difícil, porque só o amor é real; o resto não existe de fato.
Espero que as palavras nunca sejam suficientes, que sempre precisemos dos olhares, dos abraços e dos beijos para nos entendermos perfeitamente.
Perfeitamente.
Perfeito.
Você.
"Você é perfeita."
"Só quando você está por perto."
Porque não dá para ser perfeita sendo incompleta.
[Parabéns & obrigado.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 11:13
domingo, 10 de junho de 2007
nº 100
[Foto meio besta pra enfeitar; é, só pra enfeitar mesmo.]
Post de número 100. E eu 100 muita criativadade para escrever ou 100 muita vontade de desenvolver algum pensamento.
100 posts.
100!
Vejamos, eu fiz esse blog dia 3 de novembro de 2006. Se hoje é dia 10 de junho de 2007, temos, através de uma conta tosca de matemática que uma pessoa 100 noção - eu! - fez, considerando que dezembro, janeiro, fevereiro, março, abril e maio tinham todos 31 dias e mais os dez dias desse mês, 100 textos "postados" no decorrer de 193 dias.
Posso considerar que atingi um dos meus objetivos quando fiz o blog, que era escrever mais.
Sim, escrevi muito mais que o normal.
Bom, se alguém esperava um post mais elaborado dizendo ou contando um monte de coisas 100 sentido ou a descrição de algum pensamento maluco, desculpe a decepção, mas tenho que ver um filme que quero muito ver - "A Insustentável Leveza do Ser" - e que é pra devolver amanhã e eu ainda não vi.
Enfim, só vim aqui dizer parabéns pra mim.
Então... Parabéns pra mim!
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:55
quinta-feira, 7 de junho de 2007
meta[de] dia
Essa noite eu não dormi; desmaiei.
Acordei com algumas pessoas telefonando e nem me importei porque amo cada uma delas.
Mas bom mesmo foi depois de desligar o telefone.
Tem um vizinho aqui perto que toca piano. Adoro ouvir música de piano - queria muito tocar também, mas minhas mãos são muito pequenas.
Tenho que confessar que foi aí que o sol começou a nascer, apesar de serem 2 horas da tarde.
De novo e de novo e de novo...
As pessoas têm o tempo delas, não adianta você querer forçar que esse tempo seja hoje, aqui, agora. Deixe-as respirar. Deixa que elas escolham o próprio caminho e esteja aqui quando elas precisarem de você.
Não chegue mais sem ser chamada e não se sinta culpada por causa disso.
Não precisa perder o fôlego ou não saber o que fazer quando você não tem que fazer nada; as vezes tudo o que temos que fazer é simplesmente isso: nada.
Tem algo muito maior do que as coisas do mundo e as oscilações da alma que nos une.
E é claro que o sol vai nascer amanhã.
E a pessoa continuava tocando piano.
Mas eu imaginava que era uma bailarina pequeniniha que tocava, dançando em cima das teclas.
[Porque quando algo não termina bem, é porque ainda não terminou.]
Hora de dar coragem aos outros, mulher; ainda que isso seja tudo o que você não tenha.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 14:55
quarta-feira, 6 de junho de 2007
headache
Como um catalisador.
Assim mesmo: antecipando algo que já era previsível.
Mas precisava?
Precisava??
Será que a reação seria outra dali 5 minutos, se não houvesse catalisador nenhum?
Ou será que o previsível era também inevitável?
Bruna, será que você podia calar a boca?
E de que adianta; já foi.
Passou e já foi.
Ela já foi.
Mas o problema continua aqui, impregnado nas paredes, caído no chão, gritando, espalhado pelo ar, sendo respirado por todos e sem previsão de ir embora.
Não seria muito melhor se pudessemos fazer dele um pacotinho e, ao invés de levá-lo embora ou deixá-lo aqui, esquecê-lo no meio do caminho?
Não seria melhor só no caminho de volta houvesse apenas uma estradinha de tijolos amarelos?
[Porque quando todos disseram que ela foi corajosa, ela não conseguiu levantar a cabeça e dizer que não, que era exatamente o contrário. Que se foi porque não teve coragem de ficar.]
Tem vezes que ser bom não é bastante.
Eis o meu porto seguro.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:15
segunda-feira, 4 de junho de 2007
você vem
E eu lá, procurando "brunas de bolso" meia noite depois de ter dormido só quatro horas mal dormidas e de ter tido um dia cheio; de adrenalina.
Foi quando uma me surgiu uma luz no fim de um túnel que eu achei que não existia mais.
Se tudo o que ele não conseguia era dizer, com certeza, a minha idade, aqui vai a explicação - ainda que eu ache que ele não vá ver:
Minha pouca idade torna meus atos duvidáveis; meus atos tornam minha pouca idade duvidável.
Entendeu?
É porque realmente não há o que entender.
Mas tentar ainda continua sendo muito divertido.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 01:22
domingo, 3 de junho de 2007
dia bom
Sabe quando você se sente tão inseguro que acha melhor nem sair debaixo das cobertas?
Sim, eu nem saí debaixo das cobertas.
Acho que o medo de falhar tentando é muito mais dolorido do que se você falhar sem tentar, porque passou o tempo todo debaixo das cobertas e assim, sem esforçar, você sabe que não passaria e não haveria porque temer algo já tão previsível.
Demorou mas passou.
Uma hora eu cansei de ficar deitada - mentira, foi a dor nas costas que me obrigou a levantar - e decidi que deveria fazer os segundos que poderiam mudar minha vida... Possivelmente mudarem minha vida.
E não importa o quanto eu estava com medo porque se pode ter medo desde que você não demonstre que está morrendo de medo, na verdade.
Mesmo que me sentisse muito, muito pequena pra estar ali, eu fui.
Fiz a prova mais bem feita de toda a minha vida. Tentei tudo, do começo ao fim.
Ainda que esteja tudo errado e eu tenha apostado meu tempo no "e se", acho que valeu a pena.
E penso que mesmo que não tenho valido, eu tinha que ter tentado. Porque num determinado momento da minha vida, eu me compremoti comigo a nunca desistir antes de tentar.
E seja o que tiver que ser.Parabéns pra gente, menino!
Foto boba da menina dos dedos atarracados, digo, eu; aproveitando a última oportunidade de tirar uma foto onde o tempo em que estamos juntos pode ser demonstrado utilizando uma única mão minha, que é bem pequena. Porque a cada dia é necessário mais espaço. Muito mais espaço.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 20:00
domingo, 27 de maio de 2007
pela janela do carro
"Se eu soubesse, teria trazido meu mp3. Pelo menos o tempo passa mais rápido ouvindo música."
E pra qualquer lado que se olhasse, havia gente. Pessoas brincando, casais andando por aí numa noite pouco convidativa, pessoas voltando de alguma balada, outras indo; algumas apenas paradas e conversando, outras consertando um carro quebrado e, como não podia deixar de ser, pessoas bêbadas. Mas todas sorrindo.
Não se andava mais de um quarteirão sem se ver meia dúzia de pessoas.
Vida.
A noite faz isso com as pessoas.
Uma metáfora que surgiu sem aviso prévio me fez pensar que, assim como as luzes foram criadas para que se pudesse ver as coisas - mas somente aquilo que se quer ver (afinal, não há luzes por todo o planeta) -, à noite as pessoas mostram aquilo que elas querem que os outros vejam.
Em alguma conversa sem muito utilidade com algum amigo meu, brinquei "ah, é que depois das 22 horas você se revela!"
Brincadeiras à parte, não é verdade que à noite as pessoas aceitam ser um pouco mais elas?
Acho que a noite inspira a sinceridade.
Ainda que sem perceber, sempre gostei da noite.
Só nunca tinha parado para pensar porque eu a achava tão bonita.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 02:46
sexta-feira, 25 de maio de 2007
outras palavras
Mate o mosquito!
E, se possível, mate também o passado insano - insano banhado em alguns goles de álcool - que lhe condena.
É, isso mesmo. Bata palmas, bata com um pano, bata com um martelo, com uma marreta ou com o que estiver mais perto. Se ele estiver mal e caído no chão, pise com a toda a sua força, chute para bem longe, dê-lhe um nó com o próprio corpo. Afogue, jogue água quente, coloque no forno, congele, faça dele um bonequinho de voodoo ou uma cobaia, onde você pode tentar colocar seus primeiros piercings. Se ainda assim você não estiver satisfeita, jogue-o de um penhasco, grite na orelha dele até o nariz sangrar (!), mande-o passear no inferno - ou na água da privada, se esta estiver mais perto. Depois... Bom, depois é só ir dormir tranquila e rezar, para um deus que eu não sei se existe, para que tudo isso seja mais do que um sonho.
Mas como eu acho que não dá para sacrificar nosso próprio passado, sacrifiquemos então os mosquitos - que, por acaso, são o passado - e chamemos os melhores amigos para vê-lo se fuder conosco.
Porque se não der certo, ao menos rendeu boas risadas.
"O Mosquito", de Vinícius de Moraes.
O mundo é tão esquisito:
Tem mosquito.
Por que, mosquito, por que
Eu . . . e você?
Você é o inseto
Mais indiscreto
Da Criação
Tocando fino
Seu violino
Na escuridão.
Tudo de mau
Você reúne
Mosquito pau
Que morde e zune.
Você gostaria
De passar o dia
Numa serraria —
Gostaria?
Pois você parece uma serraria!
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 20:14
quinta-feira, 24 de maio de 2007
where do I begin
Tá ounvindo a batida dessa música aí?
Essa mesmo, que faz com que você feche os olhos e ache que tudo é possível. Que faz com que você diga que não tem sonhos, tem planos. Que lhe mostra um caminho, ainda que sofrido, para chegar lá.
Chegar lá aonde?
Sei lá.
Só sei que enquanto o meu mp3 tocar música eu puder andar, irei até o infinito - ou até acabar a pilha.
Coisas boas e confusas acontecendo.
Mas não tem problema porque tudo o que importa é a fé que você deposita em você.
E só.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 10:18
quarta-feira, 23 de maio de 2007
especial, ainda que comum
O ar nunca pareceu tão leve.
Seu beijo nunca foi tão doce.
O abraço aquecia.
O sorriso alegrava mais do que o habitual.
As flores não poderiam ter um cheiro melhor.
A noite nunca esteve tão bonita.
E tudo o que eu sentia eram minhas mãos fazendo carinho no seu rosto; aquele carinho que faz você virar e me olhar como se fosse a primeira a vez; aquele que faz você virar e sorrir como criança. E eu não preciso de mais nenhuma palavra para entender o que você quer dizer. Como todas aquelas vezes em que você nem sequer tenta se explicar com palavras porque sabe que seus olhos o fazem melhor.
- It was [ her name ] who never fully recovered. It was she who somehow knew your best and like you, she never forgot that one night where the true love seemed possible. Consequeces, [ his name ] . It's the little things.
- The little things. There's nothing bigger, is there?
Nunca esqueci aquela noite em que um amor verdadeiro me pareceu tão próximo que me fez acreditar que depois de muito tempo eu estava no lugar certo.
Foi aquele abraço que me fez ter certeza de que estar finalmente era ser.
Ouvi dizer que "the sweet is never as sweet without the sour". Acho que tudo vem na hora certa e eu mereci tudo o que me aconteceu; tudo o que era doce e tudo o que era amargo.
E hoje eu posso definir "doce" como o sentimento de que não importa o quanto eu suba ou o tamanho do tombo, eu sei que você sempre estará comigo. Ainda que lá fora haja o fim do mundo ao invés de um céu de baunilha.
Quero ficar com você hoje aqui pra sempre.
E pela primeira vez não minto quando digo que preciso de alguém.
[To me, you are perfect.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 02:15
quarta-feira, 16 de maio de 2007
[sem idéia de título]
Bagunça.
Pedreiro, carreto, o homem que veio tirar as medidas pra fazer as prateleiras da despensa, gatinhas correndo pra lá e pra cá e eu, que nem tinha acordado direito.
Toneladas de louças lavadas.
Fome.
Centenas de docinhos enrolados (porque domingo é aniversário da irmã).
Vizinho que veio trazer o computador arrumado.
E eu almoçando lanche do McDonald's num banquinho bambo no meio do quintal - pelo menos o tempo estava agradável.
Aí eu, feliz e contente, pensei "poxa! Agora que o computador tá tocando música, posso entrar no Pandora!"
Posso, posso? POSSO?
NÃO! NÃO POSSO!
E sabe porque?
Descubra você mesmo!
Tudo bem, tudo bem; já que não dá para ouvir o Pandora - e a irmã fica me xingando quando eu coloco o cd do Daft Punk - eu me satisfaço ouvindo o álbum "Busted Stuff", do Dave Matthews Band.
(E tudo isso é só pra dizer que recomendo "Busted Stuff" e "Homework" - o álbum do Daft Punk; a não ser que você tenha uma irmã que passe o dia ouvindo Barlow Girls e Kelly Clarkson e que te xingue quando você coloca Daft Punk.)
Depois, fuçando aqui, eu descobri que dá pra ampliar as fotos que eu coloco nos post clicando em cima dela!
Demorou, mas eu descobri!
Agora tudo é mais divertido... Mesmo sem o Pandora.
[Então já que dá para ampliar as fotos, colocarei aqui algumas um tanto quanto interesantes/inúteis; com direito à legendas idiotas.]Questão de ponto de vista...
"Só porque é 1hr da manhã eu tô largada no terminal de trólebus, não significa que eu sou meliante, tá!?"
O que você vê???
Ahhh!
O que seria de mim se tamanho fosse impedimento...
Gato escaldado tem medo de fotogafia.
- Olhá só, seu pé cabe na minha mão!
Como eu acho que já tá bom, eu vou embora.
E mesmo que não esteja bom eu vou embora.
Porque eu tô com sono e eu quero ir embora.
Porque eu preciso tomar banho!?
Tá, eu não "vou embora"... Eu vou pra minha cama - depois de passar pelo chuveiro -, que não é muito longe daqui, do meu computador; que não é meu.
E porque eu tô me justificando?
Não sei... Faço isso quando tô com sono.
Então tá, fica assim.
.beijo[outro]tchau.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 22:53
domingo, 13 de maio de 2007
mãe; definição
Preguiça de pegar o dicionário Aurélio grande, velho e pesado que fica na estante; vai de google mesmo ("dicionário virtual"; enter; clique duplo na primeira página que aparece).
Mãe: do Prov. may < maine < Lat. matre
s. f.,
mulher ou qualquer fêmea que teve um ou mais filhos;
mulher que dispensa cuidados maternais;
mulher caridosa e desvelada;
madre;
borra de vinho;
fig.,
origem;
fonte;
causa.
Não, não...Não tá certo isso - mas devo confessar que "borra de vinho" é novo pra mim... Será que se ao invés de dizer "mãe" eu disesse "borra de vinho" as pessoas entenderiam? "Então, minha borra de vinho veio me perguntar quando vai ser avó".
Enfim, eu corrijo essa definição.
Mãe: exemplo de vida;
pessoa guerreira e generosa - do tipo que dá tudo, inclusive as coisas que não tem nem pra si, para os filhos. Veradeira, intensa, sincera e brava - sempre que necessário; carinhosa ao extremo;
pessoa se preocupa com a gente e nos ama incondicionalmente;
pessoa abençoada - claro; entre tantas mulheres no mundo, justo essa é que foi ser nossa mãe -, que tem fé em nós e nos nossos planos, ainda que não sejam os mesmos que ela planejou para nós;
personificação do amor, em seu mais significado mais divino;
pessoa que briga mas também abraça;
pessoa que nunca nos abandona, ainda que não nos entenda;
pessoa sempre disposta a dar um abraço, enxugar nosssas lágrimas ou chorar conosco. Que faz o possível e impossível pelos filhos em todos os momentos de sua vida;
tão forte é o significado de ser mãe que, quando se perde um filho, a dor é tamanha que até hoje ninguém ousou criar uma palavra para tentar descrever;
origem de nossas vidas, fonte de nossa fé em nós e causa de nosso caráter;
(E, como não podia faltar) borra de vinho.
Palmas para a pessoas mais fantástica que tive o prazer de conhecer e que de tão generosa, é pai também.
[E só para ninguém achar que somos sérias...
Te amo, feiosa.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 22:37
sábado, 12 de maio de 2007
palavra do dia
Incondicional: adj. 2 gén., que não depende de condições, que não é condicional; absoluto, total.
E ainda há muito o que crescer.
Mas é simples assim:
Incondicionalmente.
[Amo.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 21:30
quarta-feira, 9 de maio de 2007
- desenha-me um carneiro...
Já me falaram tanta coisa e tanto sobre o livro "O Pequeno Príncipe", que eu decidi alugá-lo.
Quando o peguei na biblioteca, a primeira coisa que pensei foi "nossa, como é pequeno!".
Como será que um livro tão pequeno pode causar tão grande impacto?
Essa dúvida foi embora logo na primeira página.
A Léon WerthPeço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho um desculpa séria: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo no mundo. Tenho uma outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os livros de criança. Tenho ainda uma terceira: essa pessoa grande mora na França, ela tem fome e tem frio. Ela precisa de consolo. Se todas essas desculpas não bastam, eu dedico então esse livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso). Corrijo, portanto, a dedicatória:A Léon Werth
Quando ele era pequeno.
Conquistada.
Fui lendo o livro com a maior calma do mundo para não perder nada.
Engraçado como, quando somos crianças, tudo é muito mais simples. É o que vamos aprendendo como sendo "importante" que nos faz esquecer de como é fácil ser feliz.
"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar."
Essas são só algumas frases, mas o livro inteiro é muito bom.
E me pergunto se é mesmo um livro para crianças.
Terminei o livro com a sensação de que ou sou muito criança ou o livro é para todos - inclusive para os que acham que é só para crianças.
"Eis aí um mistério bem grande. Para vocês, que também amam o princepezinho, como para mim, todo o universo muda de sentido se num lugar que não sabemos onde, um carneiro, que não conhecemos, comeu ou não uma rosa."

[Acho que o livro é para todos mesmo.]
O Pequeno Príncipe (ler pela internet)
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 15:48
segunda-feira, 7 de maio de 2007
conto
O dia se fazia mais feliz e iluminado quando ela chegava. E ele sabia que nada poderia ser mais perfeito.
Casaram-se.
Casamento simples, cerimônia simples, festa simples; eles precisavam apenas um do outro.
E todo dia tudo era demasiado perfeito para ser verdade. E ainda que não acreditassem que não era um sonho, eles não perdiam tempo se questionando e viviam cada segundo como se fosse o último.
Quando achavam que nada poderia estar melhor, ela engravidou. Deu à ele o que ele mais queria e assim que pegou a filha no colo, sentiu que ia explodir; que a alegria não cabia dentro dele.
Depois vieram mais dois - meninos - e ele se sentiu feliz, mas não mais completo.
Nenhum dos dois sabe dizer quando os segundos pararam de correr como se fossem os últimos. Deixaram as coisas apenas acontecerem e acabou que o tempo fez tudo gelar. Fez a magia virar tédio e as exceções fazerem parte do cotiadiano.
Ele foi desistindo de tudo aos poucos, sem preceber, e foi devagar que aquela euforia do copo de cachaça bebido socialmente passou a ser necessária. Já não podia mais se controlar. Julgou que o que o cercava não merecia seu olhar mais clínico e aceitou sem questionar quando lhe disseram que isso acontecia mesmo e que nada poderia ele fazer para mudar as coisas. Achava a sobriedade um fardo pesado demais para ser carregado e preferia passar a maior parte do tempo o mais longe possível de tudo.
Era incapaz de perceber o que perdia, de medir suas palavras e seus atos e de compreender que as coisas só estavam como estavam porque ele não fez nada para que elas fossem diferentes.
Na sua mente banhada na aguardente, imaginava que a culpa era dos outros.
Até quando?
Até onde?
Para que saber os limites quando sua presença era tão incômoda que se tornara invisível, insignificante?
E perdia tudo. Perdia todos. Se perdia de si e se perdia do mundo.
O fato é que alguém, em algum momento, esqueçeu de lhe dizer que ele podia beber, desde que isso prejudicasse única e exclusivamente à ele.
Que se a realidade era pesada demais para que ele a carregasse, isso era um problema dele; o que não lhe dava o direito, de maneira alguma, de tratar mal as pessoas que o cercavam. De tratar a mal a mulher que, ainda que ele não queira admitir, cuida dele agora como cuida há tantos anos, aquela que o fez perder o fôlego e que, um dia, o fez ser completo.
Aonde foram parar o respeito, a lealdade e, acima de tudo, o amor?
A minha teoria é que foram afogados num copo de cachaça, num bar qualquer.
Sabe-se lá porque as pessoas afogam o que realmente importa naquilo que as distrai.
[Lamentável, meu caro Watson.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 15:28
sexta-feira, 4 de maio de 2007
[ ... ]
Falar das coisas do coração nunca é algo fácil.
Não o é por não ser fácil de explicar, por não ser fácil de entender.
O que acontece é que cabeça e coração não trabalham em conjunto e muitas vezes as coisas acabam se misturando. E digo que não é fácil falar sobre o que se sente porque o quanto a cabeça ou o coração interferem no nosso jeito de agir ou de pensar muda muito de pessoa para pessoa.
Entorpecente.
O amor, sejá lá o que for, nos entorpece. É como se estivessémos embriagados, como se todos os movimentos fossem feitos de uma lerdeza graciosa e o resto do mundo fosse apenas um mero detalhe.
Talvez por isso alguns tenham medo de amar e muitos que amam acabam se machucando.
Sendo um bêbado, é muito fácil não perceber quando é hora de ir embora. Considerando que a embriagez faz com que não nos aguentemos nas nossas próprias pernas, perdemos a noção de quando estamos juntos por amor e quando estamos juntos simplesmente porque nos habituamos a estarmos juntos.
É fato que quando nos apaixonamos, aceitamos nos doar para a outra pessoa, a abrir exceções; mas perdidos no nosso delírio, somos incapazes de distinguir quando "nos doar" e "abrir exceções" se torna "abdicar à tudo que gostamos e somos".
Perdemos nossa identidade e, depois, de volta à nossa plena consciência, não sabemos dizer onde.
Não digo que não deveríamos nos apaixonar e sim que devemos nos manter sóbrios mesmo apaixonados.
A principal coisa a fazer é querer ficar sóbrio; não o tempo todo, apenas o tempo necessário para sabermos se é amor ou apenas uma necessidade insana sabe-se lá do quê.
Para quem não sabe onde encontrar a tal sobriedade, digo que ela se encontra a apenas alguns passos de nós: é necessário se distanciar da situação para saber se nós mudamos pela outra pessoa; se desistimos de sermos nós para a fazermos feliz.
E mais do que qualquer outra coisas, é necessário ter coragem; coragem de encarar as coisas como são mesmo sabendo que elas podem não ser do jeito que gostaríamos.
Precisa-se ter em mente que nada, absolutamente nada, acontece por acaso; que tudo tem o seu ponto positivo (ainda que não seja bem aquele que queremos); e que nada dura mais do que tem que durar. Por mais que queiramos.
Definitivamente, não é qualquer um que tem a coragem necessária para abrir os olhos e aceitar as coisas como elas são, independente se vamos ficar felizes com o resultado e correr para o abraço ou se vamos nos dar conta de que é hora de ir embora - e ir embora.
Há uma linha que separa o que é do que já foi e quando se pisa nela é hora de ir embora. É hora de assumir que as coisas não são como antes, que o tempo ou a falta de vontade ou qualquer outra coisa fez o especial tornar-se comum e cotidiano.
Talvez se tente recuperar aquela época que muitas vezes não está tão distante. Talvez se consiga recuperá-la, talvez não. O fato é que preciso ser sensível o suficiente para perceber que nem tudo é pra sempre e não se pode ter medo de mudar. De começar de novo, de tentar outra vez.
Coragem.
Amor.
[Sempre.]
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 23:18
quarta-feira, 2 de maio de 2007
rua marechal deodoro
Estava andando na Marechal (Deodoro).
Engraçado como todas as vezes em que ando na Marechal me lembro daquela comunidade do orkut, "eu odeio andar na Marechal".
Naquele calor infernal, no meio daquela multidão, eu tentava chegar à biblioteca quando uma dessas pessoas legais, do tipo que custuma andar na Marechal, decidiu subitamente parar. Aí eu dei aquele esbarrão na pessoa, quase cai no chão, quase a derrubei no chão com tudo o que ela carregava, pedi desculpas - como se a culpa fosse minha; tudo bem, tudo bem, a gente releva - e fui embora.
Mais adiante, entra na minha frente uma daquelas pessoas que só querem te atrapalhar. Bom, na realidade elas não querem só te atrapalhar, mas parece; parece e muito.
Esses dois acontecimentos me fizeram pensar em duas coisas:
- Seria indescritivelmente mais fácil transitar na calçada da Marechal se as pessoas tivessem setas e luz de freio (ainda que eu não saiba muito bem onde se poderia encaixar setas e luz de freio em uma pessoa... Também é para esse tipo de coisa que serve a imaginação).
- Quando aquela segunda pessoa entrou na minha frente e decidiu andar à passos de tartaruga bêbada reumática, eu pensei "não quer andar, então sai da frente". Isso me sugeriu uma metáfora interessante.
Quantas vezes não apareceu na sua vida aquelas pessoas que não progridem e não querem que você progrida também?
Algumas vezes percebemos essa pessoas, outras não. A questão é que temos que estar atentos às pessoas que nos cercam porque - ao menos eu acredito que - as pessoas emitem algum tipo de energia, seja ela boa ou ruim e essa eneriga interfere na nossa vida. Deixar que pessoas que não nos querem bem fique perto de nós faz que com as coisas na nossa vida não funcionem.
Então pensei nisso.
Não quer andar, então sai da frente.
Não deixe que ninguém atravanque seu progresso - obviamente, respeitando os limites da moral e da razão.
E foi isso. A Marechal pode ser o portal do inferno, mas ainda assim podemos tirar alguma coisa útil de lá.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 16:32
terça-feira, 1 de maio de 2007
simplicidade é muito
O feriado foi divertido.
Conversei muito, dancei muito, dormi pouco, não li nada - mas ganhei um livro bem legal.
Me arrisquei a descobrir coisas novas, coisas que não adianta ninguém nos explicar, nós é que temos que descobrir, e acredito que enriqueci um pouco quem sou.
Quando estava lá, deitada, tentando dormir, e alguém entrava no quarto acendendo a luz na minha cara, eu me escondia. Me virava pro lado e via, além de muitas outras coisas estranhas, aquele estranho que surgiu de repente, pra ficar. Sorria pra ele e me escondia debaixo do braço dele - "quero ficar assim pra sempre"; não me importava que acendessem a luz na minha cara, eu queria dormir e ia dormir. Determinação. Acho que poderia carregar esse sentimento comigo por mais tempo.
Quando o dia não estava muito bom e a mistura de fome, sono e vontade de ir embora me deixava meio irritada, ele me pegou e me levou pra um canto; pra um lugar bonito, de onde se via uma floresta um tanto quanto exuberante e o ar era leve. E ficamos conversando lá. Conversando e sorrindo.
Engraçado como tudo o que me estressa ou me entristece vai embora quando ele chega.
Falando sobre coisas da vida, chegamos à conclusão de que o que tem me atrapalhado - e muito! - é a minha vontade insaciável de ler, que surgiu num dia qualquer e parece não ir embora.
"Tira uns dois ou três dias da semana só pra estudar. A gente dá um jeito, eu te ajudo - embora eu ache que me distrairia muito! Bom, o que vale é intenção."
"Meu problema tem sido querer ler demais. Isso até soa engraçado; 'menina, páre de ler!'"
Sorrio de novo.
Cheguei em casa, fiz um bolo enquanto minha mãe lhe mostrava como se humilha alguém no escala 40 - um certo jogo aí -, fiz um recheio, minha mãe fez a cobertura, montou o bolo. Não cantamos parabéns (por que ele pediu) e fez alguns pedidos ao cortar o bolo.
Mais sorrisos.
Simples. Coisa simples, daquelas que fazem a diferença.
Domingo como aqueles dias lights e sempre necessários.
E não cabe aqui dentro a vontade que tenho de nunca mais te deixar ir pra longe de mim, nem por cinco segundos.
Mas como eu não sou uma pessoas possessiva - apesar da imensa vontade, de vez enquando - dou-te um beijo, um grande abraço e te espero na volta.
"Vou lá conversar com ela e já volto. Sintam-se em casa; podem tirar o tênis, soltar o cachorro, mudar de canal..."
Sintam-se em casa...
Em casa...
Sinta.
Senti.
Acordei com ele tentando me pegar no colo pra me levar pro carro sem ter que me acordar.
Menino maluco, não aguenta nem o peso do próprio corpo sobre o pé machucado e queria carregar o meu peso também, só pra eu não acordar.
Menino apaixonado.
Sorrio.
Amo.
Afirmo.
Reafirmo.
Simples e necessário.
Postado por uma menina pequena, confusa e curiosa aí às 20:58

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